176 surfistas de 9 países participam do evento
que começa quarta, 144 disputando o QS 3000 masculino e 32 no QS 1000 feminino,
Yago Dora será o cabeça de chave número 1 e Lucas Silveira vai competir com
wildcard.
Colaboração
de texto: João Carvalho/Gabriel Gontijo/©WSL
Colaboração de foto: Marcio David/Jackson Van Kerk/Masurel/Poullenot/©WSL
O Billabong apresenta LayBack Pro na Praia Mole,
começa na próxima quarta com 176 surfistas de 9 países disputando o primeiro
campeonato da World Surf League no Brasil, após a pandemia do Covid-19 que
paralisou o Circuito Mundial de Surfe em março de 2020. As etapas do WSL
Qualifying Series com status QS 3000 masculina e QS 1000 feminina, marcam o
retorno de Florianópolis, que há 6 anos não sediava uma competição
internacional, e da Praia Mole, depois de 11 anos. Grandes estrelas do esporte
e até da seleção brasileira do CT, vão enfrentar jovens promessas na briga
pelos primeiros pontos nos rankings regionais da WSL Latin America, que
classificarão dez homens e cinco mulheres para o WSL Challenger Series de 2022.
A maioria dos 144 competidores divididos em
quatro fases na categoria masculina e das 32 participantes que estrearão juntas
na rodada inicial feminina, nunca participou de uma etapa do WSL Qualifying
Series na Praia Mole. Um deles é Yago Dora, o cabeça de chave número 1 do
Billabong apresenta LayBack Pro, que começou a surfar nessa praia e hoje está
na elite do World Surf League Championship Tour. Os outros titulares da seleção
brasileira do CT que vão competir, são o campeão mundial Adriano de Souza, Jadson
André, Miguel Pupo, Caio Ibelli e Alex Ribeiro.
“Estou muito feliz por essa oportunidade de
competir na Praia Mole. Vai ser meu primeiro evento profissional lá e fazem
alguns anos desde que rolou o último desse nível aqui em Florianópolis, em
2016”, disse Yago Dora. “A Praia Mole tem um lugar muito especial no meu
coração. Minhas primeiras memórias de surfe são na Praia Mole. Foi onde dei
meus primeiros passos no esporte, então a expectativa é muito boa e espero que
dê boas ondas, para que o evento possa ser um grande show de surfe”.
O catarinense entrou na elite da WSL em 2018 e
no CT 2021 fez sua melhor temporada, ficando em nono lugar no ranking e entre
os primeiros nas listas dos recordes do ano. Yago foi o brasileiro que ganhou a
maior nota nas sete etapas, 9,73 nas semifinais do Surf Ranch, que só ficou
abaixo do único 10 de John John Florence e do 9,93 de Ryan Callinan, ambos
conseguidos nas ondas de Margaret River. Também na Austrália, Yago registrou a
segunda maior somatória das duas notas computadas, 18,67 pontos em Rottnest
Island, que só não superaram os 18,77 de Gabriel Medina na final da etapa de
Sidney.
“Essa temporada foi muito boa, porque consegui
realizar meu objetivo principal, que era finalizar nos top-10 do ranking”,
disse Yago Dora. “Foi um ano diferente dos outros e eu fui me sentindo mais
confortável a cada etapa, conseguindo colocar o nível do meu surfe por completo
em algumas baterias. Eu acho isso importante, quando você consegue mostrar tudo
o que você sabe dentro dos 30 minutos de uma bateria. Agora é continuar
trabalhando e buscar manter essa consistência, para seguir escalando no
ranking”.
Convidados
– Além
dos seis surfistas que disputaram o CT esse ano e de ex-tops da elite, como Ian
Gouveia, Alejo Muniz, Willian Cardoso, Jessé Mendes, Wiggolly Dantas, Michael
Rodrigues, Raoni Monteiro e Silvana Lima, dos atletas olímpicos e das promessas
da nova geração do surfe sul-americano, outras atrações no Billabong apresenta
LayBack Pro são os convidados dos organizadores e patrocinadores do evento. A
LayBack escolheu um dos atletas da sua equipe de competição, Lucas Silveira,
para se juntar ao havaiano Jackson Dorian e a medalhista olímpica no skate e
surfista Sky Brown, da Inglaterra.
O carioca morava em Florianópolis e agora
reside em Portugal, onde nessa semana está competindo no QS 5000 das Ilhas
Açores, que vai até domingo. Nesse ano, ele se filiou na WSL Europe e passou a
pontuar no ranking regional europeu, classificatório para o WSL Challenger
Series, o novo campo de batalha por vagas para a elite do CT. O Billabong
apresenta LayBack Pro vai abrir os rankings masculino e feminino da WSL Latin
America, que classificam dez homens e seis mulheres para o WSL Challenger
Series de 2022.
“A Praia Mole é o lugar onde eu mais surfo
quando estou em Floripa e não ia deixar de competir em um evento do meu
patrocinador, a LayBack”, disse Lucas Silveira, direto das Ilhas Açores em
Portugal. “O evento vai ser incrível, com várias atrações como a Layback
organiza muito bem. Eu sempre treinei na Praia Mole. No ano passado, da
pandemia, fiz muitos surf-treinos lá, com o Yago (Dora), Willian Cardoso, Marco
Giorgi, Mateus Herdy, então acho que vai ser bem legal ter um evento da WSL lá
e será o meu primeiro QS na Praia Mole também”.
Lucas Silveira começou bem no WSL Challenger
Series 2021, sendo o único brasileiro a chegar nas quartas de final do US Open
of Surfing na Califórnia. Esse quinto lugar o colocou entre os doze que se
classificam para o CT 2022, mas perdeu em sua estreia na etapa de Portugal e
saiu do G-12. Na da França, semana retrasada, ele eliminou Yago Dora e parou em
Mateus Herdy nas oitavas de final, com os dois dividindo a 17.a posição no
ranking. Logo após o Billabong apresenta LayBack Pro, Lucas parte para o Havaí,
para já ficar treinando em Haleiwa Beach, onde em 25 de novembro começa a etapa
que define as doze vagas para o CT 2022.
“Assim que acabar o campeonato, já devo viajar
pro Havaí, pois quero chegar um pouco antes para treinar em Haleiwa”, disse
Lucas Silveira. “A pressão está grande na cabeça de todos que estão ali na
briga pelas últimas vagas para o CT. Eu não penso em outra coisa no momento,
então esse campeonato na Praia Mole é até bom pra mudar um pouco isso. É
importante manter tranquilidade também e estou feliz por chegar no Havaí com
chances de classificação. Eu sempre sonhei com isso, então vou lá fazer minha
parte e seja o que Deus quiser”.
Atrações
extras –
Além de Lucas Silveira, a LayBack Beer, marca de cerveja criada pelo medalhista
olímpico no skate, Pedro Barros, também patrocina os surfistas Miguel Pupo do
CT, Ian Gouveia, Thiago Camarão, a jovem promessa Laura Raupp, entre outros. O
espírito LayBack nasceu em Floripa e suas vertentes - Casa Dipraia, Surf House,
Basement, Pátio, Mirante e Brewpub - se tornaram lugares de compartilhamento e
vivência da cultura da marca pelo Brasil, enquanto apoia o skate, o surfe, a
arte, a música e o estilo de vida colaborativo.
Esse espírito estará presente nas várias
atrações extra-competição programadas para todas as noites do Billabong
apresenta LayBack Pro pela Ilha de Santa Catarina. Na quarta-feira (dia 10), o
pico de encontro da galera é na Casa Soulmar Floripa localizada no Bairro Rio
Tavares, na quinta-feira será no Layback Basement na Praia Mole, na sexta-feira
no John Bull Layback Brew Pub na Lagoa da Conceição, no sábado no The Search
House na Barra da Lagoa e no domingo novamente no John Bull Layback Brew Pub.
O LayBack Pro apresentado pela Billabong é uma
realização da Federação Catarinense de Surf (FECASURF) com a Agência Esporte
Arte (AEA) como co-realizadora e a licenciada pela WSL Latin America para
promover uma etapa do WSL Qualifying Series, com patrocínios da Corona e GND
Incorporadora e apoio da Prefeitura Municipal de Florianópolis, através da
Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, da Fundação Municipal de Esportes, do
Hotel Selina Floripa e da Associação de Surf da Praia Mole (ASPM). A competição
será transmitida ao vivo pelo WorldSurfLeague.com e pelo aplicativo grátis da
WSL.
Colaboração de foto: Marcio David/Jackson Van Kerk/Masurel/Poullenot/©WSL
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Yago Dora ganhou a terceira maior nota no Surf Ranch. |
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Lucas Silveira competindo no WSL Challenger Series da França. |
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Lucas e Yago saindo da bateria que disputaram juntos na França. |
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