WSL Finals segue aguardando por melhores ondas

Próxima chamada será as 7h30 do sábado na Califórnia, 11h30 no Brasil. Medina, Italo e Filipe buscam o pentacampeonato para o Brasil, Tatiana Weston-Webb quer ser a primeira brasileira campeã mundial.

Rip Curl WSL Final em Lower Trestles.
Colaboração de texto: João Carvalho/ Felipe Marcondes/©WSL
Colaboração de foto: Getty Images/Diz/Heff/Cestari/©WSL
 
O Rip Curl WSL Finals segue aguardando pela chegada das melhores ondas em Lower Trestles para decidir os títulos mundiais de 2021 em San Clemente, na Califórnia, nos Estados Unidos. A disputa entre os top-5 e as top-5 do ranking, acontecerá em um único dia e a sexta-feira foi apenas o segundo do prazo que vai até 17 de setembro. Uma nova chamada foi marcada para as 7h30 do sábado na Califórnia, 11h30 no Brasil, com as previsões mostrando que um swell mais consistente pode encostar em Trestles neste fim de semana.
 
“É até difícil fazer a chamada aqui em Lowers, porque sempre tem umas ondas boas. Ao mesmo tempo, é legal também essa situação de focar só no melhor dia para fazer o Rip Curl WSL Finals, em vez de colocar o evento para rolar em 4 ou 5 dias”, disse a vice-presidente de circuitos e competições da World Surf League, Jessi Miley-Dyer. “Apesar de estarem um pouco pequenas, tem umas ondas bem divertidas, mas não teremos competição hoje (sexta-feira). A previsão está mostrando um bom swell (ondulação) a caminho, que deve ter seu pico entre domingo e terça-feira, então vamos esperar por estas ondas. Esse é o foco”.
 
Caminho do título em Trestles.
A sexta-feira foi mais um dia de expectativa para a seleção brasileira da WSL, que é maioria entre os dez concorrentes aos títulos masculino e feminino no Rip Curl WSL Finals. São quatro surfistas do Brasil, Gabriel Medina, Italo Ferreira e Filipe Toledo liderando o ranking masculino e Tatiana Weston-Webb na vice-liderança do feminino. A Austrália tem três finalistas, Stephanie Gilmore, Sally Fitzgibbons e Morgan Cibilic. Dos Estados Unidos são dois, a havaiana Carissa Moore líder do ranking e o californiano Conner Coffin. A lista por Johanne Defay, representando a França nas finais da temporada.
 
Na disputa pelo título masculino, os brasileiros são favoritos para conquistar o pentacampeonato nos Estados Unidos, com um igualmente inédito tricampeonato consecutivo. Os dois últimos foram vencidos por Italo Ferreira em 2019 e Gabriel Medina, que ganhou em 2018 e foi o primeiro brasileiro a ser campeão mundial em 2014. O outro título foi o do Adriano de Souza em 2015. Já Filipe Toledo e Tatiana Weston-Webb, tentam entrar nessa Galeria de Campeões Mundiais da World Surf League esse ano.
 
Campeão olímpico – O potiguar Italo Ferreira também pode conseguir mais um feito inédito na sua carreira de apenas 6 anos na elite do esporte. Ele começou a surfar em uma tampa de isopor em Baía Formosa e agora está no topo do mundo. Após a conquista da primeira medalha de ouro da história do surfe nas Olimpíadas. Italo pode ser o primeiro campeão olímpico a ganhar o título mundial no mesmo ano, o que só será possível acontecer a cada 4 anos.
 
Seu primeiro título mundial foi conquistado com um marco igualmente histórico, com a decisão brasileira contra Gabriel Medina no Billabong Pipe Masters de 2019, registrando a maior audiência na transmissão ao vivo pela internet em todos os tempos da World Surf League. Este foi até um dos motivos para a WSL implantar este formato para definir os campeões mundiais em um único dia, que será inaugurado no Rip Curl WSL Finals.
 
Italo entrou na elite em 2015 e seu maior adversário nestes 6 anos é justamente Gabriel Medina. O potiguar é um dos apenas 9 surfistas, entre os 110 que o bicampeão mundial enfrentou, a ter vantagem em baterias contra ele no CT. Medina é o surfista que Italo mais disputou baterias, de quem mais venceu e para quem mais perdeu também, ganhando 10 dos 18 confrontos entre eles. Os dois já se encontraram em três finais, com Gabriel ganhando a primeira em Jeffreys Bay e Italo vencendo a que decidiu o título mundial de 2019 em Pipeline e a da etapa de Newcastle, agora em 2021 na Austrália.
 
Em 6 anos na divisão de elite do esporte, Italo Ferreira disputou 217 baterias contra 75 surfistas em 59 etapas, chegando nas finais em dez delas e festejando vitórias em sete. A primeira foi enigmática, badalando o sino do troféu do Rip Curl Pro Bells Beach de 2018, vencendo a final que marcou a despedida do tricampeão mundial Mick Fanning na casa dele. Italo tem três notas 10 em etapas do CT e a última foi nas ondas de Supertubos, quando conquistou o bicampeonato consecutivo no MEO Rip Curl Pro Portugal em 2019.
 
Formato do WSL Finals – Italo agora pode conseguir o bicampeonato mundial consecutivo, reeditando a decisão do seu primeiro título conquistado em 2019, só que dessa vez em uma melhor de três baterias contra Medina no Rip Curl WSL Finals. O potiguar vai disputar a vaga para este confronto, com o vencedor da bateria entre Filipe Toledo e quem passar do duelo entre o norte-americano Conner Coffin e o australiano Morgan Cibilic.
 
Na categoria feminina, a gaúcha Tatiana Weston-Webb também entra na disputa que define a oponente da líder Carissa Moore, na melhor de três baterias que vai apontar a campeã mundial de 2021. A adversária da brasileira será quem passar do confronto entre Sally Fitzgibbons e a vencedora da bateria da também australiana Stephanie Gilmore com a francesa Johanne Defay, que vai abrir o Rip Curl WSL Finals em Trestles.
 
Transmissão ao vivo - O Rip Curl WSL Finals fecha o World Surf League Championship Tour 2021 com o patrocínio da Rip Curl, Jeep, Red Bull, Super 73, Shiseido, Oakley, DraftKings, Michelob ULTRA, IKEA, Expedia, Sambazon, Flying Embers e Waterloo. A decisão dos títulos mundiais de 2021 acontecerá em um único dia, no que tiver as melhores ondas em Lower Trestles no período do evento, que será transmitido ao vivo pelo WorldSurfLeague.com e pelo YouTube e aplicativo da World Surf League e pelos canais da ESPN Brasil.
 
Covid-19 – A saúde e segurança dos atletas, do staff da WSL e da comunidade local, são de extrema importância para a World Surf League, que tem trabalhado em estreita colaboração com as autoridades locais, para implementar um robusto protocolo, com testes constantes de todos, mantendo distanciamento físico e com limitação de pessoas no local do evento.
 

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