Argolo não consegue levar surfistas para o Japão

Segundo dirigente da CBSurf, uma soma de fatores impediu que o time composto por seis surfistas, sendo três masculino e três feminino, disputassem o ISA World Surfing Games 2018, que ocorre de 15 a 22 de setembro, em Tahara, no Japão.

Argolo, nos últimos dois meses, não fez mais nada do que viabilizar a viagem.
Da redação com informações do Estadão Esportes
Fotos: Facebook Adalvo Argolo

Antes de mais nada, é bom deixar claro que a ausência da equipe não interfere na participação do Brasil nas Olimpíadas, porque os classificados serão dois homens e duas mulheres por país, limitados em 20 vagas para cada gênero. Então, o Brasil, e todos os países, vão classificar seus atletas pelo ranking WSL,  limitados dois atletas de cada gênero por pais.

Para a grande maioria dos interessados no ocorrido, desde atletas, passando por dirigentes, imprensa ou qualquer outro setor que acompanha o surf de competição brasileiro, a desorganização foi responsável por tirar os brasileiros do torneio que dá vagas para os Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, em 2019, na estreia da modalidade.

O discurso, também, serve para que interessados do Sul do país, contrários a gestão vinda do Nordeste, enfraqueçam o presidente com acusações de incompetência, para tentar levar o posto máximo para o Sul maravilha. Eles estão querendo fazer isto desde quando tiveram certeza que a CBSurf seria a responsável por levar a equipe brasileira para as Olimpíadas.

Ex-presidnete da FBSurf, Abdala e Adalvo, presidente da CBSurf.
Para quem deveria estar organizando o time, o baiano Adalvo Argolo, presidente da Confederação Brasileira de Surf, uma soma de fatores impediram a participação da equipe brasileira, apesar dos esforços para cumprir as exigências de todas as organizações envolvidas. O trabalho só parou na falta de tempo hábil para conseguir o visto no passaporte das meninas para, apenas, passar pelos Estados Unidos, à caminho do Japão.

Segundo Argolo, nos últimos dois meses, ele não fez mais nada do que tentar viabilizar esta viajem, mas parou no último problema que foi a falta de tempo necessário para tirar o visto das meninas. Para Argolo, o problema são as dificuldades burocráticas para lidar com o dinheiro liberado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), que garantiria todos os custos da delegação no Japão.

O montante, cerca de R$ 278 mil, viria da Lei Agnelo/Piva e foi aprovado em 17 de julho. Como é de praxe, a entidade precisa estar regularizada em suas prestações de conta, fazer no mínimo três orçamentos com empresas que possuam documentação em dia. O dirigente admitiu que se atrasou na prestação de contas, mas esta situação não chegou a atrapalhar o andamento porque ainda não tinha conseguido o visto para os brasileiros entrar no Japão.

Quando conseguiu o visto Japonês, já tinha apresentado a documentação que faltava e foi comprar as passagens aéreas na data em que as reservas foram solicitadas. Mas só havia disponibilidade em empresas aéreas com conexão nos Estados Unidos, onde é necessário visto para entrada no país. A equipe feminina não dispunha de visto americano.

Desta forma essa ação não pôde ser realizada no tempo necessário para participação no evento. Por decisão da CBSurf, a participação no Mundial foi então cancelada. "Era arriscado comprar as passagem antes do visto no passaporte porque se houvesse algum problema teria que devolver o dinheiro ao governo e a empresa aérea não iria devolver o dinheiro da passagem na integra. Então, para não arriscar todo o projeto Olímpico logo no início, decidimos pelo cancelamento da participação brasileira no ISA Games, já que valia apenas vaga para o Pan. Estamos tão decepcionados quanto os atletas, mas não quis arriscar a participação do Brasil nas Olimpíadas", acredita o dirigente.

Confira a íntegra da nota do COB:

Sobre o cancelamento da participação brasileira no ISA Games, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) informa que:

O COB aprovou a liberação de verba para o projeto apresentado pela CBsurf para o ISA Games no dia 17 de julho, com previsão de repasse de recurso e início da execução do projeto pela CBSurf em 1º de agosto. No entanto, na data prevista para repasse, a CBSurf estava impossibilitada de receber recursos da Lei Agnelo/Piva por não ter apresentado documentos necessários e obrigatórios para prestação de contas de projetos anteriores.

Assim que a CBSurf regularizou sua situação de prestação de contas, no dia 3 de setembro, o recurso foi disponibilizado. Durante o período em que a CBSurf estava impossibilitada de receber recursos, o COB informou que poderia executar o projeto, como atualmente atua com algumas Confederações, com o objetivo de não causar prejuízos aos atletas. A CBSurf optou por aguardar o momento que pudesse receber o recurso e executar o projeto.

Na quinta, 6 de setembro, a CBSurf esteve no COB e informou diversas dificuldades operacionais internas para contratação de passagens aéreas, hospedagem, alimentação e aluguel de veículo, que poderiam acarretar problemas na futura prestação de contas da entidade junto ao COB. O COB então deu orientações para que a Confederação pudesse seguir com o planejamento.

Na segunda (10), a CBSurf esteve novamente no COB e informou que não tinha conseguido fazer nenhuma das contratações necessárias. Mesmo diante do curtíssimo prazo para a viagem, o COB buscou, mais uma vez, auxiliar a confederação na organização desta ação.

Em relação as passagens aéreas, na data em que as reservas foram solicitadas, só havia disponibilidade em empresas aéreas com conexão nos Estados Unidos, onde é necessário visto para entrada no país. A CBsurf era a responsável por conseguir os vistos para seus atletas e a equipe feminina não dispunha de visto americano. Pela Europa só havia disponibilidade de passagens de primeira classe e a Lei Agnelo/Piva não permite a compra de passagens desta categoria. Desta forma essa ação não pode ser realizada no tempo necessário para participação no evento.

Por decisão da CBSurf, a participação no Mundial foi então cancelada.

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