Bastaram dois dias sem chuvas, mas com sol
e vento forte, para começar a temporada de incêndios na APA das Dunas de Itapuã
e Stella Maris. Todo ano, as queimadas, começam em dezembro quando aumenta a
freqüência da praia.
Imagens: Gabriella Simões
Por: Miguel Brusell
Bastaram, apenas, dois dias sem chuvas,
mas com sol e vento forte, característico desta época do ano, para começar a
temporada de incêndios na Área de Proteção Ambiental das Dunas de Itapuã e
Stella Maris. Todo ano, as queimadas, provavelmente causadas pelas bitucas de
cigarros lançadas pelas janelas dos veículos, começam no mês de dezembro,
quando aumenta o calor e a freqüência da praia.
Este ano, o brutal espetáculo de
destruição de um manancial de biodiversidade da capital baiana começou mais
cedo e colado há um período longo de chuvas que, teoricamente, deixaria a
vegetação mais úmida, dificultando a ocorrência do Incêndio. Sem se importar
com as conseqüências, o povo baiano segue a sua rotina, sem surgir nenhuma
campanha de esclarecimento com placas de alerta à população.
O simples ato de um ser humano jogar uma
guimba de cigarro acesa pela janela de um carro, pode trazer tantos transtornos
para a biodiversidade local. Um incêndio como este acaba com a vida de
pássaros, micos, cobras, camaleões, lagartos e tantos outros bichos e os que
sobrevivem sentem dificuldades para conseguir alimentos. No verão, é comum a
aproximação de micos famintos atrás de comida nos condomínios do bairro.
O que é uma diversão para as crianças,
esconde um problema que poderia ser resolvido com uma campanha de educação
ambiental, que pode reduzir bastante as ocorrências. É preciso se colocar
avisos sobre o perigo de se jogar guimba de cigarro pela janela do carro nas
ruas em torno das Dunas. Até o final do verão, vamos fazer cerca de cinco
matérias falando destes incêndios.
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