O movimento começou na internet, na rede social Facebook, com a criação de um grupo para discutir a legalidade da construção de um muro que impedia o acesso à Praia do Padang, em Stella Maris, um tradicional palco de competições de surf no Estado.
Por: Miguel Brusell
Fotos: Gabriela Simões
Depois da primeira vitória, quando a Sucom decidiu pela derrubada da construção irregular, o movimento pegou pressão com a participação, hoje (27), da reunião do Fórum Agenda 21, que aconteceu no Hotel Praia da Sereia, em Itapuã e pensa em ampliar os debates com moradores e frequentadores, sempre com objetivo de trazer melhorias para todos.
Dentre os presentes, participaram mais ativamente da reunião o Sr. Aurino, como coordenador da mesa, a Sra. Sônia Beatriz, que lavrou a Ata, o Sr. Carlos Ferreira, também conhecido como Tim Maia, representante da Comunidade da Baixa do Soronha; o Sr. Carlos Moraes, presidente da Associação de Surf de Stella Maris (ASSM) e o Sr. David Oliveira, presidente do grupo de surfistas evangélicos.
Ao final da reunião, ficou decidido pela elaboração de um documento que será encaminhado para a Administração Regional (AR) da Prefeitura de Salvador, em Itapuã, com as sugestões para melhor aproveitamento das áreas comuns do Bairro de Stela Maris, da qual, a maior parte, carece de urbanização.
O Presidente da ASSM, Carlos Moraes, devido a sua atuação na diretoria da Associação dos Empresários do Comércio, também se comprometeu em transmitir o resultado da reunião para a ouvidoria da Prefeitura que tem sede no mesmo bairro do centro da cidade.
Para o surfista e empresário, este é só o começo do movimento. “A primeira ação será abrir um debate, com os interessados, sobre a instalação das manilhas que estão impedindo o tráfego em uma via que sempre foi usada por banhistas, surfistas e, principalmente, o Salvamar que teve que refazer o seu trajeto, aumentando o percurso e, consequentemente, o custo da operação no Bairro”.
Outra consequência positiva do “Muro da Discórdia” foi a aproximação da nova geração com o Fórum popular Agenda 21, criado em 1992, durante a Rio Eco e que deixou como legado um braço atuante no Bairro de Itapuã. “Estive no local no sábado e aproveitei para me informar de toda a história. Fui falar com um pessoal que estava lá, uns empregados, que me contaram que já derrubaram o muro diversas vezes e me deram a informação que era da OAS”, explicou a senhora Sônia Beatriz.
Sobre a colocação das manilhas, o surfista evangélico e morador próximo do local, David Oliveira explicou a posição dos moradores da rua que teve o acesso bloqueado. “Não houve nenhum abaixo assinado, nenhuma solicitação de morador a respeito disso. Os moradores concordaram depois que foi feito. Porque na visão deles, melhorou a situação com relação a assaltos e fuga”, explicou.
Ao final da reunião, o coordenado agradeceu a presença, convidou para as reuniões do Fórum Agenda 21 que sempre acontecem às quarta, a partir das 19h30 e foi realizada uma oração entre os presentes.
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