Toledo, Pupo, Ibelli e Herdy estreiam com
vitórias, Medina, Ferreira, Weston-Webb, Lima se classificam em segundo lugar
nas suas baterias e seis brasileiros ficaram em último nas baterias e disputam
a repescagem.
Filipe Toledo conquistou a primeira vitória brasileira.
O peruano Lucca Mesinas é o outro participante
da América do Sul no Corona Open Mexico apresentado pela Quiksilver e também
avançou na segunda bateria da terça-feira em Barra de La Cruz. Ele é um dos
surfistas que competiram nas Olimpíadas de Tóquio e acabou mandando o primeiro
brasileiro para a repescagem, Jadson André. O confronto foi vencido pelo americano
Griffin Colapinto, que defende a quinta posição no grupo dos top-5 que vai
disputar o título mundial no Rip Curl WSL Finals, em setembro. Três brasileiros estão no topo do ranking e o
único que começou com vitória foi Filipe Toledo, que recuperou a terceira
posição com o título na final verde-amarela com Gabriel Medina no Jeep Surf
Ranch Pro. Filipe fez uma boa escolha de ondas para usar seu repertório de
manobras progressivas, variando batidas, rasgadas e os aéreos, para derrotar o
francês Jeremy Flores e o mexicano Jhony Corzo, por 13,46 pontos na quarta
bateria do dia. “É sempre muito bom estar no México. É um dos meus lugares
preferidos para fazer uma surftrip, porque sempre têm muitas ondas boas em
várias praias”, disse Filipe Toledo, que respondeu sobre as ondas de Barra de
La Cruz. “A maré tem uma grande influência aqui. Na seca, tem um tubo que
quebra por trás das pedras, mas independente da maré, a onda é muito boa. O
vento está calmo e espero que as ondas aumentem nos próximos dias”.
Italo Ferreira agride onda de back side, no México.
Medalhista
de Ouro –
A bateria seguinte foi 100% brasileira, com o primeiro medalhista de ouro na
história do surfe nas Olimpíadas, Italo Ferreira, fazendo sua primeira
apresentação depois da conquista inédita nos Jogos de Tóquio, no Japão. Mas, o
convidado para reforçar a seleção brasileira da WSL no México, Mateus Herdy,
começou melhor, já mostrando um ataque aéreo poderoso para largar na frente com
nota 7,33. O atual campeão mundial logo assumiu a ponta
com notas 5,67 e 6,50 nas primeiras ondas que surfou e chegou a aumentar o
recorde de pontos do Corona Open Mexico, quando destruiu uma direita com uma
série de manobras potentes de backside que valeram nota 7,43. Com ela, atingiu
13,93 pontos. Peterson Crisanto entrou na briga surfando bem também duas ondas
seguidas, que renderam notas 5,73 e 7,30. Só que Mateus Herdy achou outra onda boa para
mostrar a força e variedade do seu surfe moderno e ganhou 6,80 dos juízes para
totalizar 14,13 pontos. Italo ainda tentou a vitória em mais duas ondas, mas as
notas 6,33 e 6,50 recebidas, foram insuficientes para aumentar seus 13,93
pontos. Com isso, o campeão mundial Pro Junior da WSL em 2018, derrotou o
campeão mundial do CT 2019 e Peterson ficou em terceiro com 13,03 pontos.
Mateus Herdy venceu a bateria brasileira.
O catarinense Mateus Herdy foi entrevistado na
transmissão ao vivo e começou respondendo sobre o convite da World Surf League
para competir no Corona Open Mexico apresentado pela marca que o patrocina, a
Quiksilver: “Foi uma surpresa total. Eu estava aqui no México fazendo umas
fotos para a Quiksilver, quando recebi o e-mail do Renato (Hickel) com o
convite para o evento. Fiquei amarradão, porque eu já estava surfando aqui
todos os dias”. Mateus também falou sobre a bateria: “Todo
mundo no Tour surfa muito bem e essa bateria foi bem acirrada, com notas altas.
Na verdade, o que me deixou mais tranquilo foi o fato de eu estar 100%
saudável. Na última vez que participei de um CT, eu estava machucado e não
consegui mostrar o meu melhor. Com tantos talentos no Tour, se você ficar com
medo ou nervoso, vai ser um desafio extra. Então, só tentei surfar como eu faço
diariamente”. Líder do
ranking –
Depois da bateria brasileira, entrou no mar o bicampeão mundial e líder
disparado do ranking, Gabriel Medina. Ele decidiu o título em cinco das seis
etapas do WSL Championship Tour 2021 já disputadas e ganhou dois na Austrália,
em Sidney e em Rottnest Island. A vantagem é tão grande que Medina já está
confirmado entre os top-5 que vão disputar o título mundial no Rip Curl WSL
Finals e só perde o primeiro lugar no ranking se Italo Ferreira ganhar esta
etapa do México e a próxima no Taiti, ou Filipe Toledo conseguir uma vitória e
um segundo lugar nos dois eventos.
Gabriel Medina aplica um aéreo.
Medina não vai competir no Outerknown Tahiti
Pro, que começa no próximo dia 24, porque ainda não tomou a vacina contra o
Covid-19, mas já pode confirmar o primeiro lugar no ranking agora, sem depender
dos resultados do Italo e do Filipe. Ele garante isso se chegar nas semifinais
do Corona Open Mexico apresentado pela Quiksilver e já deu o primeiro passo,
avançando direto para a terceira fase, também em segundo lugar na sua bateria. As condições do mar já estavam diferentes com a
mudança da maré em Barra de La Cruz e Medina não achou ondas tão boas para
mostrar todo o potencial do seu surfe. O australiano Jack Robinson teve mais
sorte na escolha e venceu a bateria por 13,83 pontos, somando notas 7,50 e
6,33. Medina só pegou ondas para usar a combinação base-lip, sem rampas para
voar como gosta, porém foi suficiente para superar o mexicano Diego Cadena por
10,13 a 7,90 pontos, na briga pela segunda vaga direta para a terceira fase. Mais duas
vitórias –
Mais cinco surfistas da seleção brasileira da WSL competiram depois da estreia
dos líderes do ranking e apenas dois conseguiram vencer suas baterias. Yago
Dora foi mandado para a repescagem pelos irmãos Owen e Mikey Wright. Caio
Ibelli ganhou a disputa seguinte, mas Alex Ribeiro perdeu a briga pela segunda
vaga desta bateria para o português Frederico Morais.
Caio Ibelli passou em segundo.
O campeão mundial Adriano de Souza também ficou
em último, contra o taitiano Michel Bourez e o australiano Ethan Ewing, que
tirou a maior nota do dia, 8,83. Já Miguel Pupo fechou a primeira fase vencendo
uma disputa acirrada, definida por décimos de diferença. A quarta e última
vitória brasileira da terça-feira foi conquistada por 11,43 pontos, contra
11,37 do australiano Wade Carmichael e 10,46 do havaiano Seth Moniz. “Tenho
surfado muito aqui nos últimos dias, cada sessão de no mínimo 3 horas e só
ontem (segunda-feira) tirei uma folga pra descansar antes do campeonato”,
contou Miguel Pupo, que está em 14º lugar no ranking que garante os 20
primeiros para o CT de 2022. “Fiquei feliz de pegar umas ondas boas na bateria
e conseguir uma sintonia com o mar. Está bem quente aqui, então procurei não
usar muita força para remar e concentrei na respiração. Acho que funcionou e
espero pegar mais ondas boas nas próximas baterias, até chegar na final”.
Miguel Pupo está em 14º lugar no ranking.
Repescagem
masculina –
Os doze surfistas que ficaram em último lugar nas suas baterias da primeira
fase, são divididos em quatro confrontos também formados por três competidores
na repescagem. Esta é a primeira rodada eliminatória das etapas do CT e quem
ficar em último novamente, termina em 33.o lugar no evento, marcando apenas 265
pontos no ranking. Um número recorde de seis brasileiros vai
disputar a repescagem do Corona Open Mexico apresentado pela Quiksilver e a
terceira bateria ficou 100% verde-amarela, com Adriano de Souza, Jadson André e
Alex Ribeiro. A segunda tem dois, Yago Dora e Deivid Silva, com o mexicano
Jhony Corzo. E Peterson Crisanto vai disputar as duas primeiras vagas para a
terceira fase com o japonês Kanoa Igarashi e outro mexicano, Diego Cadena. Categoria
Feminina –
Depois da primeira fase masculina, começou a feminina com Silvana Lima na
primeira bateria. Curiosamente, ela enfrentou as duas surfistas que derrotou
nas últimas finais que disputou em etapas do CT, conquistando os títulos do
Movistar Peru Classic 2010 contra Sally Fitzgibbons em San Bartolo e do Swatch
Pro Trestles 2017 contra a também australiana Keely Andrew na Califórnia.
Silvana Lima foi convidada para substituir Lakey Peterson.
A cearense fez parte da elite do CT até 2019 e
foi convidada para substituir a norte-americana Lakey Peterson, que está
contundida, no Corona Open Mexico. Silvana e Sally vieram direto do Japão, onde
participaram da estreia do surfe como esporte olímpico e a brasileira começou
bem a bateria, manobrando forte com batidas e rasgadas executadas com pressão e
velocidade, ganhando notas 5,50 e 7,40 em duas ondas seguidas.
Sally respondeu com 6,67 e 6,33 acertando até
um aéreo e confirmou a vitória com a nota 7,60 da sua melhor onda. Com ela,
atingiu 14,27 pontos e Silvana também passou direto para as oitavas de final
totalizando 12,90 pontos, contra 11,96 de Keely Andrew. Os recordes de Sally
Fitzgibbons foram logo batidos nas disputas seguintes por duas havaianas. Malia
Manuel ganhou a segunda bateria por 14,93 pontos somando uma nota 8,00 e a
líder do ranking, Carissa Moore, conseguiu um 8,33 para atingir 14,96 pontos. Tatiana
vice-líder –
O Corona Open Mexico apresentado pela Quiksilver é a penúltima etapa para
definir as top-5 do ranking que vão disputar o título mundial no Rip Curl WSL
Finals, de 09 a 17 de setembro em Trestles, na Califórnia. A gaúcha Tatiana
Weston-Webb chegou em Barra de La Cruz em quarto lugar, mas já recuperou a
segunda posição com a classificação para as oitavas de final, na bateria
vencida pela californiana Courtney Conlogue.
A gaúcha Tatiana Weston-Webb está em quarto no ranking.
Isto porque são computados no ranking os seis
melhores resultados nas oito etapas do CT 2021 e o primeiro descarte dos dois
piores resultados está acontecendo agora no México. Tatiana já está trocando
1.045 pontos da última colocação na etapa de Rottnest Island, na Austrália, por
2.610 do nono lugar garantido nas oitavas de final do Corona Open Mexico. A francesa Johanne Defay e a australiana Sally
Fitzgibbons, que estão à sua frente, descartam 2.610 pontos, então permanecem
com as pontuações que estavam antes desta etapa, 34.645 e 34.270 pontos,
respectivamente. Já Tatiana Weston-Webb aumentou os 33.625 que tinha, para
35.190 pontos, retomando o segundo lugar no ranking que era dela após sua
vitória no Boost Mobile Margaret River Pro apresentado pela Corona na
Austrália. Transmissão
ao vivo –
O Corona Open Mexico apresentado pela Quiksilver é patrocinado pela Corona,
Quiksilver, Jeep, Red Bull, Oakley, Hydro Flask, Expedia, DraftKings e está
sendo transmitido ao vivo pelo WorldSurfLeague.com e pelo aplicativo grátis da
WSL, com os brasileiros podendo acompanhar esta sétima etapa do World Surf
League Championship Tour 2021 também pelos canais ESPN Brasil. Covid-19
– A
saúde e segurança dos atletas, staff e da comunidade local, são de extrema
importância para a World Surf League e já existe um robusto protocolo de
segurança para ser seguido nos eventos, incluindo a implementação de testes,
mantendo uma zona de bolha protegida para atletas e staff, com limitação do
acesso do público na praia. A WSL incentiva os fãs a assistirem o evento ao
vivo pelo WorldSurfLeague.com, que está sendo transmitido em três idiomas,
inglês, espanhol e português. Rip Curl WSL
Finals –
Restam apenas duas etapas para definir os grupos dos top-5 e das top-5 que vão
disputar os títulos mundiais da temporada 2021 no Rip Curl WSL Finals. A
decisão será no melhor dia de ondas no período de 9 a 17 de setembro em Lower
Trestles, na Califórnia, Estados Unidos. Depois do Corona Open Mexico
apresentado pela Quiksilver em Barra de La Cruz, em Oaxaca, de 10 a 20 de
agosto no México, vem o Outerknown Tahiti Pro, de 24 de agosto a 3 de setembro
nos perigosos tubos de Teahupoo. RESULTADOS DO CORONA OPEN MEXICO NA
TERÇA-FEIRA: PRIMEIRA FASE – 1º e 2º=Terceira Fase / 3º=Segunda
Fase) 01) 1-Kolohe Andino (EUA)=13.60, 2-Kelly Slater
(EUA)=11.00, 3-Kanoa Igarashi (JPN)=10.77 02) 1-Griffin Colapinto (EUA)=13.00, 2-Lucca
Mesinas (PER)=11.73, 3-Jadson André (BRA)=9.43 03) 1-Morgan Cibilic (AUS)=10.00, 2-Rio Waida
(IDN)=9.70, 3-Deivid Silva (BRA)=8.27 04) 1-Filipe Toledo (BRA)=13.46, 2-Jeremy
Flores (FRA)=11.33, 3-Jhony Corzo (MEX)=6.87 05) 1-Mateus Herdy (BRA)=14.13, 2-Italo
Ferreira (BRA)=13.93, 3-Peterson Crisanto (BRA)=13.03 06) 1-Jack Robinson (AUS)=13.83, 2-Gabriel
Medina (BRA)=10.13, 3-Diego Cadena (MEX)=7.90 07) 1-Adrian Buchan (AUS)=11.83, 2-Conner
Coffin (EUA)=11.77, 3-Matthew McGillivray (AFR)=11.34 08) 1-Mikey Wright (AUS)=12.73, 2-Owen Wright
(AUS)=11.80, 3-Yago Dora (BRA)=10.76 09) 1-Caio Ibelli (BRA)=13.77, 2-Frederico
Morais (PRT)=12.77, 3-Alex Ribeiro (BRA)=8.87 10) 1-Leonardo Fioravanti (ITA)=15.17, 2-Ryan
Callinan (AUS)=10.13, 3-Connor O´Leary (AUS)=9.50 11) 1-Ethan Ewing (AUS)=15.16, 2-Michel Bourez
(TAH)=12.40, 3-Adriano de Souza (BRA)=12.06 12) 1-Miguel Pupo (BRA)=11.43, 2-Wade Carmichael
(AUS)=11.37, 3-Seth Moniz (HAV)=10.46 PRIMEIRA FASE – 1ª e 2ª=Oitavas de Final / 3ª=Segunda
Fase) 1ª) 1-Sally Fitzgibbons (AUS)=14.27, 2-Silvana
Lima (BRA)=12.90, 3-Keely Andrew (AUS)=11.96 2ª) 1-Malia Manuel (HAV)=14.93, 2-Johanne Defay
(FRA)=11.00, 3-Shelby Detmers (MEX)=7.43 3ª) 1-Carissa Moore (HAV)=14.96, 2-Bronte
Macaulay (AUS)=12.60, 3-Regina Pioli (MEX)=5.07 4ª) 1-Courtney Conlogue (EUA)=14.24, 2-Tatiana
Weston-Webb (BRA)=11.24, 3-Macy Callaghan (AUS)=8.30 5ª) 1-Stephanie Gilmore (AUS)=13.07, 2-Brisa
Hennessy (CRI)=12.60, 3-Isabella Nichols (AUS)=10.94 6ª) 1-Caroline Marks (EUA)=15.03, 2-Tyler
Wright (AUS)=11.97, 3-Sage Erickson (EUA)=11.53 BATERIAS DO CORONA OPEN MEXICO NA QUARTA-FEIRA) SEGUNDA FASE – REPESCAGEM – 3º=33º lugar com
265 pontos) 1ª) Kanoa Igarashi (JPN), Peterson Crisanto
(BRA), Diego Cadena (MEX) 2ª) Yago Dora (BRA), Deivid Silva (BRA), Jhony
Corzo (MEX) 3ª) Adriano de Souza (BRA), Jadson André (BRA),
Alex Ribeiro (BRA) 4ª) Seth Moniz (HAV), Matthew McGillivray
(AFR), Connor O´Leary (AUS) SEGUNDA FASE – REPESCAGEM – 3.a=17º lugar com
1.045 pontos) 1ª) Isabella Nichols (AUS), Macy Callaghan
(AUS), Regina Pioli (MEX) 2ª) Keely Andrew (AUS), Sage Erickson (EUA),
Shelby Detmers (MEX)
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