Todos os eventos de junho foram adiados,
WSL anuncia novo formato do Tour para 2021 e promete atualização do calendário
em primeiro de junho.
Praia lotada no último dia do Rio Pro 2019 em Saquarema. |
Colaboração
de texto: João Carvalho/Felipe Marcondes/©WSL
Colaboração
de foto: Poullenot/©WSL via Getty Images
Devido à contínua evolução da pandemia do
COVID-19 pelo mundo, a World Surf League (WSL) está adiando todos os eventos que
estavam marcados no mês de junho, em todas as divisões do Circuito Mundial de
Surfe Profissional. Um deles foi o Oi Rio Pro em Saquarema, a etapa brasileira
do World Surf League Championship Tour que aconteceria entre os dias 18 e 27 de
junho na “Capital Nacional do Surf” da Região dos Lagos do Rio de Janeiro. A
WSL segue monitorando a situação da pandemia e a próxima atualização do
calendário será divulgada no dia 1.o de junho, para um possível reinício das
competições no mês de julho.
Em um vídeo divulgado em todas as
plataformas da WSL, o CEO da World Surf League, Erik Logan, fala sobre a
decisão: “Onde e quando iremos realizar nossos eventos este ano, ainda é uma
questão muito indefinida. Mas, continuamos trabalhando com os governos dos
países, as autoridades de saúde e com nossas comunidades locais, sobre o
retorno das atividades”.
“Neste momento, estamos adiando todos os
eventos da WSL em junho. Isso significa que, a etapa do Championship Tour
programada para junho no Brasil, o Rio Pro, está oficialmente adiado. Mas,
esperamos que as condições para viagens e deslocamentos melhorem o suficiente
para realizar o evento este ano. Nossa próxima atualização sobre o calendário
2020 do Championship Tour e todos os nossos eventos, será em 1.o de junho”.
O departamento de Circuitos e Competições
da World Surf League também anunciou um novo formato para a temporada 2021, com
mudanças para decidir os campeões mundiais do Championship Tour e para os
circuitos do Challenger Series e do Qualifying Series.
No vídeo, Erik Logan também fala sobre as
novidades: “Antes do COVID-19, vínhamos trabalhando em como poderíamos evoluir
o Championship Tour, bem como a qualificação para o CT e todos os nossos
Circuitos, a partir de 2022. Quanto mais trabalhávamos nessa transformação,
mais ficávamos empolgados, então, essa pausa devido à COVID-19, abriu a
oportunidade para podermos acelerar essas mudanças”.
A partir de 2021, os campeões mundiais
passarão a ser decididos em um confronto direto entre os dois melhores
surfistas do ano, no último dia da temporada do World Surf League Championship
Tour. Como foi no ano passado, quando Italo Ferreira conquistou o título
decidido na final com Gabriel Medina nos tubos de Pipeline, no Havaí. A batalha
final será travada no sistema “surf-off”. Essa evolução faz parte de uma
discussão de vários anos e o formato final recebeu colaboração dos surfistas,
patrocinadores e a WSL.
“Sinto que o novo formato aumenta a
intensidade de toda a batalha pelo título mundial”, disse a bicampeã mundial
Tyler Wright (AUS). “A diferença é que você ganha na água, o que é
importantíssimo! Tudo vai depender somente de você e mais ninguém. Esse tipo de
intensidade, esse tipo de pressão competitiva, aumenta o nível e é mais emocionante!”
“O título mundial sendo decidido na final,
entre os dois melhores surfistas da temporada, é super emocionante”, concorda o
representante dos surfistas da WSL, Conner Coffin (EUA). “Eu assisti cada
segundo do último dia do Pipe Masters no ano passado (com Italo Ferreira
ganhando o título mundial na final contra Gabriel Medina no Havaí). Foi um
grande momento para o esporte, então é emocionante pensar que, a partir de
2021, o título mundial será sempre decidido assim”.
Challenger Series – Além do
novo formato para o Championship Tour (CT), o calendário será redefinido para
criar temporadas distintas entre o CT e o Challenger Series durante o ano. Esta
atualização vai fornecer uma vitrine destacada para os surfistas, permitindo
para aqueles que não se requalificam através do CT, tenham a oportunidade de
conseguir isso nas etapas do Challenger Series na mesma temporada, sem ter que
esperar por um ano inteiro para voltar à elite dos melhores do mundo.
Tyler Wright gostou da novidade: “Com o
Challenger Series em uma época diferente do ano, você pode direcionar todo o
foco do Tour nos atletas que estão chegando, podendo dar mais destaque aos
novos surfistas que estão se classificando e ver como eles surfam. E os atletas
que não garantem suas vagas pelo CT, terão a oportunidade de conseguir isso na
mesma temporada, podendo se concentrar 100% no Challenger Series”.
Qualifying Series – Os eventos
regionais do Qualifying Series também serão mais valorizados, incentivando os
surfistas a competirem mais perto de casa, sem precisar se desgastar
financeiramente na busca pela classificação para o Challenger Series. Os
circuitos regionais oferecerão mais oportunidades para os surfistas de cada
continente, reduzindo a pressão econômica para os atletas e patrocinadores,
além de estimular o interesse da mídia pelos surfistas que, um dia, poderão
estar no topo do esporte.
“Em breve anunciaremos mais detalhes, mas
estamos realmente empolgados com o que essas mudanças podem significar para os
surfistas e o surfe globalmente. Estamos tratando essas atualizações e
evoluções da forma mais holística possível”, disse o CEO, Erik Logan.
“Trabalhando com o apoio de toda a nossa equipe, sabemos que iremos emergir
dessa pandemia com uma plataforma ainda mais forte e empolgante, que vai
impulsionar o surfe profissional e todo o esporte, de uma forma muito positiva
e impactante”.
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