O
potiguar perdeu o título do QS 6000 Vissa Sydney Surf Pro para o australiano
Jordan Lawler mas lidera o ranking do WSL Qualifying Series chegando nas finais
das três etapas que disputou esse ano.
O potiguar Jadson André lidera o ranking do WSL. |
Colaboração
de texto: João Carvalho/©WSL
Colaboração
de foto: Dunbar/Smith/ ©WSL
O
potiguar Jadson André fechou a preparação para o seu retorno ao World Surf
League Championship Tour como começou, no pódio. Ele vai chegar na abertura da
temporada, que começa no dia 3 de abril na Gold Coast, muito confiante no seu
surfe, que o levou para as finais das três etapas do QS 6000 que competiu esse
ano. Venceu o Oi Hang Loose Pro Contest em Fernando de Noronha, foi
vice-campeão na final brasileira do Surfest Newcastle com Alex Ribeiro e também
na Austrália repetiu o segundo lugar no Vissla Sydney Surf Pro, vencido pelo
australiano Jordan Lawler neste domingo em Manly Beach. Jadson lidera o WSL
Qualifying Series 2019 com um incrível índice de aproveitamento de 83,3% dos
pontos disputados.
Jadson André e australiano Jordan Lawler. |
“Fazer
três finais seguidas é incrível. Nem eu, nem ninguém, poderia imaginar isso,
pelo alto nível dos surfistas que competiram nestes eventos”, destacou Jadson
André. “O mais louco de tudo isso é que a minha principal temporada ainda nem
começou. É claro que fico um pouco decepcionado por não vencer estes dois
últimos eventos aqui na Austrália, mas conseguir uma folga tão grande assim na
liderança do QS logo no início do ano, me deixa mais tranquilo e muito
confiante para quando começar a temporada do CT. Foi incrível ver muitos
brasileiros na praia torcendo por mim aqui em Sydney e agora é hora de mudar o
foco para a Gold Coast, que começa na próxima semana”.
O
potiguar está em ótima forma, com os aéreos de frontside nas esquerdas no pé e
com um backside afiado nas direitas, mostrando um surfe potente e vertical nas
manobras de borda. Jadson começou o domingo decisivo do Vissla Sydney Surf Pro
ganhando o duelo sul-americano com o peruano Alonso Correa que fechou as
quartas de final. Se passasse essa bateria, Alonso se tornaria o segundo
peruano a entrar na lista dos dez surfistas que o QS classifica para o CT pela
primeira vez na história do WSL Qualifying Series. Ele chegou em Sydney em 47.o
lugar e subiu para a 14.a posição no ranking.
O campeão Jordan Lawler pegou as melhores ondas. |
Depois
de passar pelo peruano, Jadson André enfrentou o vice-líder Matt Banting nas
semifinais e não deu qualquer chance ao australiano. O potiguar achou boas
esquerdas que formaram as rampas para voar e completou os aéreos para vencer
fácil por 16,66 a 5,93 pontos, somando notas 7,83 e 8,83 das duas melhores
apresentações. No outro confronto Brasil x Austrália das semifinais, o campeão
Jordan Lawler pegou as melhores ondas que entraram na bateria para superar o
paulista Jessé Mendes por 12,44 a 10,13 pontos.
Na
decisão do título, o australiano também conseguiu um melhor posicionamento no
mar para surfar as melhores ondas e faturar o título do QS 6000 Vissla Sydney
Surf Pro, por 13,57 a 11,43 pontos. Jordan Lawler computou notas 6,50 e 7,07
contra 5,83 e 5,60 do potiguar, para acabar com a série de vitórias brasileiras
nas ondas de Manly Beach. Em 2017, o mesmo Jessé Mendes foi o campeão
derrotando o maior astro da Austrália no momento, o vice-campeão mundial Julian
Wilson. E em 2018, o também paulista Deivid Silva, uma das novidades no CT
deste ano, venceu a final brasileira com o catarinense Alejo Muniz em Sydney.
Os vencedores do QS 6000 Vissa Sydney Surf Pro. |
“Eu
trabalhei a minha vida toda sonhando em estar neste pódio aqui, então conseguir
isso agora parece até surreal”, disse o jovem australiano de 23 anos de idade,
Jordan Lawler. “Ganhar um evento tão importante de 6.000 pontos no QS é muito
bom, mas vencer aqui em Manly Beach com todo mundo de North Narrabeen torcendo
é incrível. Parece que estou sonhando em ganhar um evento tão perto de casa e
nem sei o que dizer de tanta alegria. Essa vitória aumentou bastante a minha
confiança e tudo o que eu quero agora é me qualificar para o CT, pois esse
resultado me faz acreditar ainda mais que eu posso conseguir isso”.
G-10 do QS – O campeão chegou nesta
etapa dividindo o 47.o lugar no ranking com o peruano Alonso Correa e saltou
para a quarta posição com os 6.000 pontos do Vissla Sydney Surf Pro. Além dele,
mais dois surfistas entraram no G-10 nesta segunda prova do QS 6000 seguida na
Austrália. O japonês Hiroto Ohhara, barrado nas quartas de final por Matt
Banting, já havia ingressado no sábado, saindo do 29.o para o oitavo lugar. E o
paulista Jessé Mendes tirou o catarinense Yago Dora da lista com a
classificação para as semifinais do domingo.
O paulista Jessé Mendes tirou o catarinense Yago Dora. |
Jessé
agora está fechando o G-10, que tem mais três sul-americanos, o líder disparado
Jadson André computando 15.000 dos 18.000 pontos que disputou nas três etapas
que participou, o paulista Alex Ribeiro campeão do QS 6000 de Newcastle em
quinto lugar e o peruano Miguel Tudela em sexto. Os dois perderam uma posição
para o vencedor do QS 6000 de Sydney, Jordan Lawler. Ele foi o único
australiano que entrou no G-10 e dois saíram da lista nesta etapa, Reef
Heazlewood e Connor O´Leary. Com isso, a Austrália passa a ter o mesmo número
de brasileiros na zona de classificação para o CT 2020, três surfistas com Matt
Banting em segundo e Jack Robinson em terceiro lugar.
Próxima etapa no Peru – Depois de duas semanas
na Austrália, a próxima etapa importante do WSL Qualifying Series será aqui na
América do Sul. Muitos surfistas que estavam competindo em Sydney, vão
prestigiar a estreia do Claro Open Pro – Copa Tubos QS 3000, que começa nesta
quarta-feira e vai até domingo nas ondas perfeitas de Señoritas, em Punta
Hermosa, no Peru. Mais de 125 surfistas de 21 países já estão inscritos no
segundo evento promovido pela WSL South America esse ano, valendo 3.000 pontos
para o QS e 1.000 para o ranking regional que define o campeão sul-americano da
temporada.
Alessa Quizon conquistou o título do Sydney Women´s Pro. |
Havaiana campeã – No domingo, também foi
encerrado o segundo QS 6000 do ano para as meninas no WSL Qualifying Series,
com a havaiana Alessa Quizon conquistando o título do Sydney Women´s Pro na
final contra a nova líder do ranking, Isabella Nichols. A australiana de apenas
21 anos de idade e campeã mundial Pro Junior da WSL no ano passado, assumiu a
ponta chegando nas finais das duas etapas. Em Newcastle, perdeu para a
experiente surfista da elite mundial, Sally Fitzgibbons, agora para a ex-top,
Alessa Quizon, que festejou bastante a vitória com o marido brasileiro, Caio
Ibelli.
“Eu
nem consigo acreditar que isto realmente está acontecendo”, disse Alessa
Quizon. “Eu vim aqui para a Austrália principalmente para apoiar meu marido
(Caio Ibelli) e participar de alguns eventos para ver como eu iria. Em
Newcastle não fui bem, aí vim para cá, fui passando as baterias e acabei
chegando na final. Eu nem estava pensando em disputar o QS esse ano, mas talvez
eu tenha que repensar isso agora. Foi legal fazer a final com a Bella (Isabella
Nichols) e fico contente em vê-la surfando tão bem. Estou muito feliz, isso
tudo é tão surreal e só quero aproveitar ao máximo cada momento”.
A nova líder do ranking, a australiana Isabella Nichols. |
Com
os 6.000 pontos da vitória no Sydney Women´s Pro, Alessa Quizon deu um grande
salto no ranking, subindo da septuagésima posição direto para o terceiro lugar,
abaixo somente da norte-americana Alyssa Spencer e da nova líder, Isabella
Nichols. A jovem australiana vem fazendo uma campanha parecida com a do
brasileiro Jadson André no masculino. Ela só disputou três provas na Austrália,
foi vice-campeã nas duas com status QS 6000 e terceira colocada nas semifinais
da outra, o QS 3000 da Central Coast.
“Obviamente,
eu queria ganhar o evento, mas fazer outra final no QS 6000 foi muito bom e
estou muito feliz por mais um bom resultado”, disse Isabella Nichols. “Eu nunca
tinha começado tão bem uma temporada e é incrível estar liderando o QS. Sinto
que as coisas estão acontecendo a meu favor e fiquei feliz também pela Alessa
(Quizon). Ela é uma grande amiga minha, uma surfista incrível, por isso fico
feliz em ve-la surfando tão bem”.
Tatiana Weston-Webb é a sul-americana mais bem colocada. |
Além
de Alessa Quizon, apenas mais uma surfista entrou na lista das seis que o QS
feminino classifica para o grupo das top-17 da World Surf League em Sydney, a
havaiana Malia Manuel que já é da elite. Ela perdeu nas semifinais e subiu da
16.a para a sexta posição no ranking. As duas tiraram do G-10 a norte-americana
Kirra Pinkerton e a australiana Sally Fitzgibbons, campeã do QS 6000 de
Newcastle que não foi competir em Sydney. Barrada pela líder Isabella Nichols
nas quartas de final que abriram o domingo em Sydney, a brasileira Tatiana
Weston-Webb é agora a sul-americana mais bem colocada no ranking, em 21º lugar.
RESULTADOS
DO VISSLA SYDNEY SURF PRO:
DECISÃO
DO TÍTULO DO QS 6000:
Campeão:
Jordan Lawler (AUS) por 13,57 pontos (7,07+6,50) – 6.000 pontos no QS
Vice-campeão:
Jadson André (BRA) com 11,43 pontos (5,83+5,60) – 4.500 pontos
SEMIFINAIS
– 3º lugar com 3.550 pontos:
1ª)
Jordan Lawler (AUS) 12.44 x 10.13 Jessé Mendes (BRA)
2ª)
Jadson André (BRA) 16.66 x 5.93 Matt Banting (AUS)
QUARTAS
DE FINAL – Derrota=5º lugar com 2.650 pontos:
1ª)
Jordan Lawler (AUS) 13.00 x 8.30 Stu Kennedy (AUS)
2ª)
Jessé Mendes (BRA) 12.30 x 10.17 Nicholas Squiers (AUS)
3ª)
Matt Banting (AUS) 15.43 x 9.16 Hiroto Ohhara (JPN)
4ª)
Jadson André (BRA) 15.00 x 11.40 Alonso Correa (PER)
DECISÃO
DO TÍTULO DO QS 6000 FEMININO:
Campeã:
Alessa Quizon (HAV) por 12,77 pontos (8,17+4,60) – 6.000 pontos no QS
Vice-campeã:
Isabella Nichols (AUS) com 12,66 pontos (6,83+5,83) – 4.500 pontos
SEMIFINAIS
– 3º lugar com 3.550 pontos:
1ª)
Isabella Nichols (AUS) 11.24 x 10.67 Malia Manuel (HAV)
2ª)
Alessa Quizon (HAV) 10.44 x 10.30 Vahine Fierro (TAH)
QUARTAS
DE FINAL – 5º lugar com 2.650 pontos:
1ª)
Malia Manuel (HAV) 13.33 x 8.90 Keely Andrew (AUS)
2ª)
Isabella Nichols (AUS) 12.23 x 9.20 Tatiana Weston-Webb (BRA)
3ª)
Alessa Quizon (HAV) 14.44 x 9.40 Sara Wakita (JPN)
4ª)
Vahine Fierro (TAH) 15.16 x 9.90 Mahina Maeda (JPN)
G-10
DO WSL QUALIFYING SERIES 2019 – após 14 etapas:
01)
Jadson André (BRA) – 15.000 pontos
02)
Matt Banting (AUS) – 10.350
03)
Jack Robinson (AUS) – 8.070
04)
Jordan Lawler (AUS) – 7.910
05)
Alex Ribeiro (BRA) – 7.700
06)
Miguel Tudela (PER) – 6.030
07)
Reo Inaba (JPN) – 5.720
08)
Hiroto Ohhara (JPN) – 5.250
09)
Cam Richards (EUA) – 4.970
10)
Jessé Mendes (BRA) – 4.950
-----próximos
sul-americanos até 100:
11)
Yago Dora (BRA) – 4.860 pontos
14)
Alonso Correa (PER) – 4.680
24)
Italo Ferreira (BRA) – 3.550
27)
Miguel Pupo (BRA) – 3.470
27)
Krystian Kymerson (BRA) – 3.470
30)
Ian Gouveia (BRA) – 3.330
38)
Tomas Hermes (BRA) – 2.950
40)
Thiago Camarão (BRA) – 2.900
48)
Gabriel Medina (BRA) – 2.650
51)
Marco Giorgi (URU) – 2.570
59)
Mateus Herdy (BRA) – 2.350
61)
Deivid Silva (BRA) – 2.320
66)
Bino Lopes (BRA) – 2.225
70)
Lucca Mesinas (PER) – 2.060
73)
Tomas Tudela (PER) – 2.030
94)
Matheus Navarro (BRA) – 1.620
98)
Peterson Crisanto (BRA) – 1.550
100)
Flavio Nakagima (BRA) – 1.530
101)
Samuel Pupo (BRA) – 1.525
104)
Rafael Teixeira (BRA) – 1.510
G-6
DO WSL QUALIFYING SERIES – 8 etapas:
01)
Isabella Nichols (AUS) – 10.680 pontos
02)
Alyssa Spencer (EUA) – 7.140
03)
Alessa Quizon (HAV) – 7.050
04)
Cannelle Bulard (FRA) – 6.860
05)
Zahli Kelly (AUS) – 6.610
06)
Malia Manuel (HAV) – 6.200
-----Sul-americanas
até 100:
21)
Tatiana Weston-Webb (BRA) – pontos
42)
Dominic Barona (EQU) – 2.320
43)
Josefina Ané (ARG) – 2.280
59)
Melanie Giunta (PER) – 1.745
67)
Anne dos Santos (BRA) – 1.614
86)
Tainá Hinckel (BRA) – 1.115
95)
Monik Santos (BRA) – 978
104)
Karol Ribeiro (BRA) – 765
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