O
campeão mundial repetiu a vitória de 2014 na etapa mais perigosa do World Surf
League Championship e assumiu o segundo lugar na corrida do título mundial
liderada por Filipe Toledo.
Colaboração
de foto: Cestari/Poullenot/ ©WSL
O
campeão mundial Gabriel Medina conquistou o bicampeonato no Tahiti Pro Teahupoo
na sexta vitória consecutiva do Brasil nas sete etapas do World Surf League
Championship Tour 2018, completadas neste domingo na Polinésia Francesa. O
retrospecto de Medina na bancada mais perigosa do Circuito Mundial é
impressionante. A final contra o australiano Owen Wright, que impediu uma
decisão brasileira barrando Filipe Toledo nas semifinais, foi a quarta que ele
disputou nos últimos 5 anos, desde a vitória sobre Kelly Slater no mar épico de
2014. Com o segundo título num tubo surfado no último minuto, Medina entrou na
corrida do título mundial e é o único que brigará pela lycra amarela do Jeep
Leaderboard com Filipe Toledo na próxima etapa, o Surf Ranch Pro em setembro na
piscina de ondas criada por Slater.
Gabriel agradeceu à Deus por ganhar novamente no Tahiti. |
Owen Wright utilizou os tubos para vencer Filipe Toledo nas semifinais. |
Na
disputa seguinte, Medina vingou a derrota sofrida na final de 2015 em Teahupoo
para Jeremy Flores. O francês perdeu muito tempo esperando pelos tubos,
enquanto o brasileiro ia pegando as ondas que ele deixava passar para arriscar
os aéreos. Primeiro, acertou um aéreo-reverse numa onda completada por mais
duas manobras. Depois, mandou um alley-oop para ganhar outra nota na casa dos 7
pontos e vencer fácil a bateria por 15,17 a 6,10 pontos.
O potiguar Italo Ferreira chegou às quartas de final. |
Já
nas outras baterias das quartas de final foram surfados os melhores tubos do
último dia. No confronto australiano com Wade Carmichael, Owen Wright completou
o mais profundo que valeu 9,17 para totalizar exatos 16 pontos. E o francês
Jeremy Flores ganhou a última vaga para as semifinais do americano Kolohe
Andino num tubaço nota 8,17. Os derrotados nas quartas de final terminaram em quinto
lugar somando 4.745 pontos no ranking.
Com um tubo no último minuto, Medina virou a bateria final. |
O
tempo foi passando e só nos últimos minutos entrou uma série que decidiu tudo.
A prioridade era do australiano e ele pegou a onda da frente, que rendeu um
layback animal e mais uma manobra forte tirando as quilhas da onda. Medina
pegou a seguinte e ela rodou um tubaço incrível para o brasileiro. Logo a
bateria terminou e ficou a expectativa pelas notas dos juízes. A do Owen Wright
saiu 5,57 para aumentar a vantagem, mas a do brasileiro valeu 7,33 que
confirmou o bicampeonato nos tubos de Teahupoo por 13,50 a 12,07 pontos.
Os primeiros colocados fazem a festa no pódio. |
O
australiano Owen Wright lamentou perder o título no final da bateria, mas
elogiou o seu companheiro na Equipe Rip Curl: “Dói bastante uma derrota assim,
mas é bom também estar de volta ao pódio. Tudo aconteceu nas duas últimas
ondas. Eu tomei a decisão errada de pegar a onda da frente e é isso que dói
mais. Mesmo assim, fico feliz pelo Gabe (Gabriel Medina), foi uma vitória
merecida para ele depois que o Julian (Wilson) lhe tirou o título no ano
passado. Parabéns Gabe”.
Líder do ranking - Com os 7.800 pontos do
segundo lugar no Tahiti Pro Teahupoo, Owen Wright subiu da 11ª para a sexta
posição no ranking dominado pelos brasileiros. Filipe Toledo vai competir de
novo com a lycra amarela de número 1 do mundo no Surf Ranch Pro, de 5 a 9 de
setembro na piscina de ondas criada por Kelly Slater em Lemoore, no interior da
Califórnia. O campeão Gabriel Medina agora é o segundo colocado no ranking,
6.300 pontos abaixo do líder, sendo o único com chances na briga pelo primeiro
lugar na próxima etapa. No entanto, já precisa ser vice-campeão no mínimo para
superar a pontuação atual do Filipe.
Filipe Toledo ficou orgulhoso com a terceira colocação. |
Campeão
no Taiti no ano passado, o australiano Julian Wilson não passou nenhuma bateria
dessa vez e caiu de segundo para terceiro no ranking. O potiguar Italo Ferreira
perdeu o duelo brasileiro das quartas de final para Medina e permanece em
quarto, com os australianos Wade Carmichael e Owen Wright na quinta e sexta
posições, respectivamente. Agora restam apenas quatro etapas para definir o
campeão mundial da temporada e Medina vai defender o título em duas delas, no
Quiksilver Pro France em Hossegor e no MEO Rip Curl Pro em Portugal.
Dominio brasileiro – A vitória de Gabriel
Medina comprovou mais uma vez o domínio brasileiro no World Surf League
Championship Tour esse ano. A temporada já começou com uma maioria inédita de
onze brasileiros entre os top-34, superando pela primeira vez na história a
quantidade de australianos na elite. E agora, são seis vitórias consecutivas do
Brasil nas sete etapas do CT 2018 completadas neste domingo no Taiti, cinco
delas em finais contra surfistas da Austrália. Isso é fantástico!
A
única exceção foi na primeira do ano, na Gold Coast, com Julian Wilson vencendo
uma final australiana com Adrian Buchan. Depois só deu Brasil, com Italo
Ferreira badalando o sino do troféu de campeão do Rip Curl Pro Bells Beach
também na Austrália, Filipe Toledo conquistando seu segundo título no Oi Rio
Pro em Saquarema, Italo de novo ganhando a etapa de Keramas em Bali, Willian
Cardoso comemorando sua primeira vitória em Uluwatu também na Indonésia e
Filipe Toledo sendo bicampeão no Corona J-Bay Open na África do Sul, antes de
Medina também conseguir seu segundo título nos tubos de Teahupoo.
Reta final – A reta final da
disputa pelo título mundial de 2018 da World Surf League vai agora para os
Estados Unidos, para a primeira etapa da história do Circuito Mundial iniciada
em 1976 a ser disputada numa piscina de ondas artificiais. A estreia do Surf
Ranch Pro será nos dias 5 a 9 de setembro na Califórnia e depois vem a “perna
europeia”, com Gabriel Medina defendendo o título de campeão nas duas etapas, o
Quiksilver Pro France de 3 a 14 de outubro em Hossegor e o MEO Rip Curl Pro
Portugal nos dias 16 a 27 do mesmo mês em Peniche, última parada antes do
Billabong Pipe Masters, que fecha a temporada nos dias 8 a 20 de dezembro no
Havaí.
RESULTADOS
DO ÚLTIMO DIA DO TAHITI PRO TEAHUPOO:
Campeão:
Gabriel Medina (BRA) por 13,50 pontos (7,33+6,17) – US$ 100.000 e 10.000 pontos
Vice-campeão:
Owen Wright (AUS) com 12,07 pontos (6,50+5,57) – US$ 55.000 e 7.800 pontos
SEMIFINAIS
– 3º lugar com 6.085 pontos e US$ 30.000:
1ª)
Owen Wright (AUS) 12.60 x 10.03 Filipe Toledo (BRA)
2ª)
Gabriel Medina (BRA) 15.17 x 6.10 Jeremy Flores (FRA)
QUARTAS
DE FINAL – 5º lugar com 4.745 pontos e US$ 19.000:
1ª)
Filipe Toledo (BRA) 11.43 x 8.60 Michael February (AFR)
2ª)
Owen Wright (AUS) 16.00 x 9.57 Wade Carmichael (AUS)
3ª)
Gabriel Medina (BRA) 13.10 x 7.57 Italo Ferreira (BRA)
4ª)
Jeremy Flores (FRA) 13.34 x 5.73 Kolohe Andino (EUA)
TOP-22
DO JEEP LEADERBOARD – RANKING WSL 2018 – após a 7ª etapa no Taiti:
01)
Filipe Toledo (BRA) – 41.985 pontos
02)
Gabriel Medina (BRA) – 35.685
02)
Julian Wilson (AUS) – 32.380
04)
Italo Ferreira (BRA) – 30.160
05)
Wade Carmichael (AUS) – 26.550
06)
Owen Wright (AUS) – 24.740
06)
Jordy Smith (AFR) – 23.575
08)
Michel Bourez (TAH) – 22.705
09)
Willian Cardoso (BRA) – 21.825
10)
Kolohe Andino (EUA) – 21.070
11)
Mikey Wright (AUS) – 20.865
12)
Jeremy Flores (FRA) – 19.945
13)
Griffin Colapinto (EUA) – 18.700
14)
Michael Rodrigues (BRA) – 18.605
15)
Adrian Buchan (AUS) – 18.580
16)
Kanoa Igarashi (JPN) – 18.445
17)
Ezekiel Lau (HAV) – 17.455
18)
Conner Coffin (EUA) – 17.360
19)
Adriano de Souza (BRA) – 16.515
20)
Frederico Morais (PRT) – 15.525
21)
Sebastian Zietz (HAV) – 13.035
21)
Yago Dora (BRA) – 13.035
--------outros
brasileiros:
23)
Tomas Hermes (BRA) – 12.340 pontos
28)
Jessé Mendes (BRA) – 9.955
31)
Ian Gouveia (BRA) – 7.465
35)
Wiggolly Dantas (BRA) – 3.750
36)
Miguel Pupo (BRA) – 3.345
37)
Caio Ibelli (BRA) – 2.940
39)
Alejo Muniz (BRA) – 1.665
43)
Deivid Silva (BRA) – 420
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