A
International Surfing Association e a World Surf League se reuniram para
garantir a participação dos surfistas da elite mundial do CT e a qualificação
para as Olimpíadas de Tóquio 2020.
De Souza bota para dentro na piscina que deve ser utilizada nas Olimpíadas. |
Colaboração
de texto: João Carvalho/©WSL
A
International Surfing Association (ISA) anunciou um acordo com a World Surf
League sobre como será a qualificação para o surfe nos Jogos Olímpicos de
Tóquio 2020, garantindo a participação dos melhores surfistas do mundo que
disputam o WSL Championship Tour, bem como promover oportunidades para
surfistas de todo o mundo terem chances de participar também das seletivas.
Em
princípio, o acordo prevê que dezoito das quarenta vagas nos Jogos Olímpicos
serão reservados para os surfistas profissionais da elite dos top-34 do CT,
sendo dez homens e oito mulheres. As outras 22 vagas serão determinadas no ISA
World Surfing Games de 2019 e 2020 e pelos Jogos Panamericanos de 2019 em Lima,
no Peru. Além disso, o país anfitrião, neste caso o Japão, terão direito a uma
vaga na categoria masculina e uma na feminina.
Com
o apoio da WSL, as regras de elegibilidade da ISA para as Olimpíadas, exigirão
que os surfistas do CT se disponibilizem para competir com os times dos seus
países no ISA World Surfing Games de 2019 e 2020. Todos precisam se classificar
pelas federações nacionais para poderem representar seus países na disputa por
medalhas nos Jogos de Tóquio.
Alguns favoritos para conquistas das primeiras medalhas olímpicas do surf. |
A
decisão final sobre todo o processo de seleção está sujeita à aprovação da
Diretoria Executiva do Comitê Olímpico Internacional (COI), em sua reunião que
será realizada em fevereiro de 2018.
O
acordo entre a ISA e a WSL reforça o compromisso das duas entidades para que a
estreia do surfe nas Olimpíadas seja bem-sucedida, mostrando uma forte
colaboração entre uma Federação Olímpica Internacional reconhecida pelo COI e a
casa dos melhores surfistas profissionais do mundo.
O
surfe foi confirmado como um esporte olímpico para Tóquio 2020 em agosto de
2016, após décadas de campanha da ISA para o desenvolvimento global do esporte
das ondas. O surfe também será incluído nos Jogos Panamericanos de 2019 em
Lima, no Peru. Esta campanha foi impulsionada pela melhoria contínua do surfe
de alto desempenho, com atenção geral do WSL Championship Tour.
O
presidente da ISA, Fernando Aguerre, comentou o acerto. “Estamos felizes em
chegar a este acordo histórico com a WSL sobre a participação de suas
principais estrelas nos Jogos Olímpicos e no ISA World Surfing Games. O suporte,
endosso e colaboração da WSL e dos seus melhores surfistas profissionais,
sempre foi uma parte importante do nosso caminho olímpico para Tóquio 2020 e
para os próximos Jogos”.
“Este
acordo não só sublinha nosso compromisso de ter os melhores surfistas do mundo
que competirão pela medalha de ouro na estreia do surfe em Tóquio, mas também
para garantir que as competições reflitam o acesso aberto para todos e a
universalidade do nosso esporte ao redor do planeta, nos cinco continentes”.
A campeã Stefani Gilmore experimenta as direitas da piscina de Slater. |
“Estamos
também muito satisfeitos por ter o apoio total e o compromisso da WSL com o ISA
World Surfing Games entre agora e 2020. A participação dos melhores
profissionais nos times nacionais, elevará o nível do surf a novas alturas,
criando mais emoção e drama nas qualificatórias para os Jogos Olímpicos”.
A
CEO da WSL, Sophie Goldschmidt também se pronunciou. “As Olimpíadas oferecem
uma plataforma incrível para qualquer modalidade esportiva e o surfe pode se
beneficiar com esta grande oportunidade em 2020. É essencial que possamos aproveitar
ao máximo essa oportunidade e a participação dos melhores surfistas do mundo do
Championship Tour é fundamental para isso. Foi ótimo que a ISA e a WSL, em
reuniões com os próprios atletas, puderam chegar a um acordo sobre o processo
de qualificação para 2020. Estamos ansiosos para sempre melhorar essa parceria,
à medida que nos aproximamos desta fantástica oportunidade do surfe fazer parte
dos Jogos Olímpicos”.
O
surfista do WSL CT e representante dos atletas, Adrian Buchan, aprovou. “O
surfe tem a capacidade de revigorar os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Os
atletas estão entusiasmados em mostrar suas habilidades na maior competição
esportiva do mundo e pela oportunidade do surfe ser reconhecido como um esporte
verdadeiramente profissional”.
A
surfista do WSL CT e representante das atletas, Sage Erickson, concordou. “Foi
ótimo que a WSL e a ISA chegaram a um acordo sobre o caminho de qualificação
para as Olimpíadas de 2020. É uma grande oportunidade para o nosso esporte e
precisamos aproveitar ao máximo. Apresentar o esporte com os melhores surfistas
do mundo, nas melhores ondas possíveis, é algo em que estamos todos de acordo”.
Sobre a International
Surfing Association
– A ISA foi fundada em 1964 e é reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional
(COI) como a autoridade governamental mundial do surfe. A ISA promove
competições de Pranchinha, Longboard, Bodyboard, StandUp Paddle (SUP),
Bodysurfing, Wakesurfing e todas as outras modalidades praticadas em qualquer
tipo de onda ou em águas planas usando pranchas. A ISA coroou seus primeiros
campeões mundiais masculino e feminino em 1964, o primeiro campeão mundial de
ondas grandes em 1965, campeão mundial junior em 1980, os campeões mundiais de
Kneeboard em 1982, os campeões mundiais de Longboard e Bodyboard em 1988, os
campeões mundiais de Tandem Surfing em 2006, os campeões mundiais da categorias
Master em 2007 e do StandUp Paddle e Paddleboard em 2012.
A
ISA tem participação nos órgãos governamentais de 103 países nos cinco
continentes. Sua sede está localizada em La Jolla, Califórnia. A entidade é
presidida pelo argentino Fernando Aguerre, que foi eleito pela primeira vez em
1994 no Rio de Janeiro. Os quatro vice-presidentes da ISA são Karín Sierralta
(PER), Kirsty Coventry (ZIM, Casper Steinfath (DEN) e Barbara Kendall (NZL).
Sobre a World Surf
League -
A World Surf League (WSL), antes denominada Association of Surfing
Professionals (ASP), tem como objetivo celebrar o melhor surf do mundo nas
melhores ondas do mundo, através das melhores plataformas de audiência. A Liga
Mundial de Surf, com sede em Santa Mônica, na Califórnia, atua em todo o globo
terrestre, com escritórios regionais na Austrália, África, América do Norte,
América do Sul, Havaí, Europa e Japão.
A
WSL vem realizando os melhores campeonatos do mundo desde 1976, promovendo os
eventos que definem os campeões mundiais masculino e feminino no Championship
Tour, além do Big Wave Tour, Qualifying Series e das categorias Junior e
Longboard, bem como o WSL Big Wave Awards. A Liga tem especial atenção para a
rica herança do esporte, promovendo a progressão, inovação e desempenho nos
mais altos níveis, para coroar os campeões de todas as divisões do Circuito
Mundial.
Os
principais campeonatos de surf do mundo são transmitidos ao vivo pelo
www.worldsurfleague.com e pelo aplicativo grátis WSL app. A WSL tem uma enorme
legião de fãs apaixonados pelo surf em todo o mundo, que acompanham ao vivo as
apresentações de grandes estrelas, como Tyler Wright, John John Florence, Paige
Alms, Grant Baker, Phil Rajzman, Tory Gilkerson, Mick Fanning, Stephanie
Gilmore, Kelly Slater, Carissa Moore, Gabriel Medina, Courtney Conlogue, entre
outros, competindo no campo de jogo mais imprevisível e dinâmico entre todos os
esportes no mundo.
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