Português
confirmou sua vaga no CT 2020 com o título no QS 10000 Hawaiian Pro e
ultrapassou os quatro brasileiros que encabeçavam o ranking antes da Tríplice
Coroa Havaiana.
Português confirmou vaga no CT com o título no Hawaiian Pro.
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Colaboração
de texto: João Carvalho/©WSL
Colaboração
de foto: Heff/Saguibo/Getty Images/ ©WSL
O
português Frederico Morais garantiu seu retorno a elite do World Surf League
Championship Tour, vencendo o QS 10000 Hawaiian Pro no domingo de ondas de 4-6
pés em Haleiwa Beach, último dia do prazo para encerrar a primeira joia da
Tríplice Coroa Havaiana. Com a vitória, “Kikas” tirou a liderança do WSL
Qualifying Series do potiguar Jadson André, ultrapassando os quatro brasileiros
que encabeçavam o ranking e eram os únicos já confirmados no CT 2020.
Morais voltou a vencer no Havaí para retornar à elite do surf. |
Na
decisão do título, Frederico Morais deixou o italiano Leonardo Fioravanti em
segundo lugar, o sul-africano Matthew McGillivray em terceiro e o australiano
Ethan Ewing em quarto. Nesta segunda-feira, já começa o QS 10000 de Sunset
Beach, que fecha a lista dos dez classificados para completar o grupo dos
top-34 que vai disputar o título mundial no ano que vem.
“É
muito bom estar de volta ao Havaí e já confirmar aqui a minha volta ao CT”,
disse Frederico Morais. “Depois de três finais, dois segundos lugares e um
quarto, é um sentimento muito bom vencer dessa vez. Meu principal objetivo este
ano era voltar ao CT e vencer aqui foi incrível. O ano passado foi realmente
difícil para mim, pois tive uma lesão no tornozelo e não pude competir em
Pipeline, então acabei saindo do Tour, mas estou muito feliz agora”.
O italiano Leonardo Fioravanti terminou em segundo. |
Frederico
Morais perdeu sua vaga em 2018 e chegou no Havaí em sexto no ranking, com as
duas vitórias nas etapas do QS 6000 e QS 3000 que disputou em casa, em
Portugal. A volta foi confirmada em grande estilo no Hawaiian Pro, que rolou em
altas ondas nos dias anteriores, de mar clássico nas direitas de Haleiwa. Os
quatro brasileiros que garantiram suas classificações na “perna europeia”,
perderam uma posição no ranking para o português. Jadson agora é o segundo
colocado, seguido por Yago Dora, Alex Ribeiro e Miguel Pupo.
O
último dia do Hawaiian Pro, vinha sendo adiado desde sexta e o evento precisava
terminar no domingo. O dia até começou com boas ondas, mas as condições foram
ficando mais difíceis e não eram as melhores na bateria decisiva. O português
foi preciso na escolha das ondas, para conquistar o título nas duas únicas que
surfou. As notas 6,77 e 6,00 que conseguiu, foram suficientes para superar o
italiano Leonardo Fioravanti por 12,77 a 11,50 pontos. O sul-africano Matthew
McGillivray ficou em terceiro com 10,33 das suas duas primeiras ondas, contra
9,67 do australiano Ethan Ewing.
Fim da hegemonia – A vitória de Frederico
Morais pôs fim a hegemonia do Brasil nas etapas com status máximo de 10.000
pontos esse ano. O paulista Deivid Silva ganhou a primeira em Ballito, na
África do Sul. O catarinense Yago Dora foi o campeão do tradicional US Open of
Surfing em Huntington Beach, na Califórnia. E os irmãos Pupo venceram os dois
QS 10000 da Europa, com Miguel confirmando seu retorno ao CT no Galicia Classic
da Espanha e o Samuel conseguindo sua primeira vitória na carreira no Billabong
Pro Ericeira de Portugal.
O novo sexto colocado é o sul-africano Matthew McGillivray. |
O
novo sexto colocado é o sul-africano Matthew McGillivray, que praticamente
garantiu sua entrada na elite com o terceiro lugar na final do Hawaiian Pro.
Ele chegou no Havaí fora do G-10 do QS e já tirou a vaga do jovem Samuel Pupo
quando passou para as semifinais, eliminando os dois brasileiros que chegaram
no último dia, o pernambucano Luel Felipe e o catarinense Alejo Muniz. Depois,
barrou dois favoritos do CT, Kelly Slater e Michel Bourez, na semifinal vencida
pelo português. Além do sul-africano, o outro único que entrou no G-10 em
Haleiwa foi o havaiano Barron Mamiya, no lugar do australiano Matt Banting.
Últimas vagas – O Brasil ainda tem
Deivid Silva no G-10, que subiu da décima para a oitava posição no ranking. Ele
está entre os 22 primeiros do CT que são mantidos na elite para o ano que vem,
mas em uma delicada 21ª posição. Então, pode precisar da vaga do QS, que no
momento está descartando para o 11º colocado, Jorgann Couzinet. O francês tem
17.310 pontos e Samuel Pupo caiu para o 12º lugar com 17.140. A diferença segue
bem pequena para os australianos Jack Freestone em 13º com 16.800 e Matt
Banting em 14º com 16.750 pontos.
Luel Felipe ainda tem chance de classificação para o CT 2020. |
Depois
de Samuel Pupo, Luel Felipe é a próxima chance de classificação brasileira
nesta batalha pelas quatro últimas vagas para o CT 2020, na 23ª posição com
12.930 pontos. O pernambucano botou pra baixo nas morras de Haleiwa e até
ganhou uma bateria do ídolo Kelly Slater. No domingo, Luel ficou em terceiro
lugar contra o taitiano Michel Bourez e o sul-africano Matthew McGillivray, na
mesma bateria das quartas de final em que Alejo Muniz terminou em último. O
catarinense também surfou bem durante o evento, mostrando estar recuperado da
contusão que o afastou das competições por quase toda a temporada.
Somente
agora em Haleiwa, Alejo completou os cinco resultados que são computados no
ranking do WSL Qualifying Series e o 13º lugar no Hawaiian Pro, o levou da 118ª
para a 57ª colocação no ranking. Também ganharam posições na primeira joia da
Tríplice Coroa Havaiana, o pernambucano Ian Gouveia, que subiu para o 29º
lugar, o peruano Alonso Correa, que foi de 49º para 44º e o catarinense Tomas
Hermes, de 54º para 48º. Jessé Mendes, que tenta manter sua permanência no CT
pelo QS, acabou caindo do 27º para o 32º lugar. Estes, mais o Samuel e o Luel,
são os que chegam em Sunset Beach mais próximos da briga pelas últimas vagas
para a divisão principal da World Surf League.
RESULTADOS
DO ÚLTIMO DIA DO QS 10000 HAWAIIAN PRO:
Campeão:
Frederico Morais (PRT) por 12,77 pontos (6,77+6,00) – US$ 30.000 e 10.000 pts
Vice-campeão:
Leonardo Fioravanti (ITA) com 11,50 (7,67+3,83) – US$ 15.000 e 8.000 pts
Terceiro
lugar: Matthew McGillivray (AFR) com 10,33 (5,83+4,50) – US$ 10.000 e 6.700 pts
Quarto
lugar: Ethan Ewing (AUS) com 9,67 pontos (6,40+3,27) – US$ 8.000 e 6.300 pts
SEMIFINAIS
– 3º=5º lugar (US$ 6.400 e 5.300 pts) e 4º=7º lugar (US$ 5.500 e 5.100 pts):
1ª)
1-Ethan Ewing (AUS)=16.00, 2-Leonardo Fioravanti (ITA)=14.50, 3-Wade Carmichael
(AUS), 4-Adrian Buchan (AUS)=7.73
2ª)
1-Frederico Morais (PRT)=7.10, 2-Matthew McGillivray (AFR)=7.07, 3-Michel
Bourez (TAH)=5.16, 4-Kelly Slater (EUA)=3.80
QUARTAS
DE FINAL – 3º=9º lugar (US$ 4.500 e 3.800 pts) e 4º=13º lugar (US$ 4.000 e
3.600 pts):
1ª)
1-Wade Carmichael (AUS)=12.47, 2-Ethan Ewing (AUS)=10.53, 3-Jack Freestone
(AUS)=10.20, 4-Carlos Muñoz (CRI)=9.67
2ª)
1-Leonardo Fioravanti (ITA)=9.73, 2-Adrian Buchan (AUS)=8.90, 3-Beyrick De
Vries (AFR)=7.93, 4-Connor O´Leary (AUS)=7.26
3ª)
1-Michel Bourez (TAH)=12.50, 2-Matthew McGillivray (AFR)=9.64, 3-Luel Felipe
(BRA)=7.33, 4-Alejo Muniz (BRA)=3.93
4ª)
1-Kelly Slater (EUA)=13.20, 2-Frederico Morais (PRT)=8.76, 3-Barron Mamiya
(HAV)=6.77, 4-Mitch Crews (AUS)=5.30
G-10
DO WSL QUALIFYING SERIES – após 55 etapas:
1)
Frederico Morais (PRT) – 26.400 pontos
2)
Jadson André (BRA) – 23.800
3)
Yago Dora (BRA) – 23.200
4)
Alex Ribeiro (BRA) – 21.580
5)
Miguel Pupo (BRA) – 21.000
6)
Matthew McGillivray (AFR) – 20.040
7)
Connor O´Leary (AUS) – 19.650
8)
Deivid Silva (BRA) – 18.550 é top-22 do CT
9)
Jake Marshall (EUA) – 17.950
10)
Barron Mamiya (HAV) – 17.600
11)
Jorgann Couzinet (FRA) – 17.310
-------próximos
sul-americanos até 100:
12)
Samuel Pupo (BRA) – 17.140 pontos
23)
Luel Felipe (BRA) – 12.930
29)
Ian Gouveia (BRA) – 11.360
32)
Jessé Mendes (BRA) – 11.150
41)
Krystian Kymerson (BRA) – 9.580
44)
Alonso Correa (PER) – 9.160
48)
Tomas Hermes (BRA) – 8.950
51)
Caio Ibelli (BRA) – 8.100
54)
Wiggolly Dantas (BRA) – 7.760
55)
Miguel Tudela (PER) – 7.740
57)
Alejo Muniz (BRA) – 7.500
59)
Adriano de Souza (BRA) – 7.400
62)
Flavio Nakagima (BRA) – 7.200
63)
Weslley Dantas (BRA) – 7.130
65)
Lucas Silveira (BRA) – 7.000
70)
Peterson Crisanto (BRA) – 6.550
72)
Marcos Correa (BRA) – 6.380
78)
João Chianca (BRA) – 5.950
86)
Mateus Herdy (BRA) – 5.550
90)
Thiago Camarão (BRA) – 5.400
95)
Marco Fernandez (BRA) – 5.150
98)
Joaquin del Castillo (PER) – 5.080
101)
Matheus Navarro (BRA) – 4.950
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