Gabriel
Medina usou os aéreos para vencer a disputa pelas primeiras vagas nas oitavas
de final do primeiro QS 6000 do ano e Jadson André surfou o tubo do dia na
sexta em Fernando de Noronha.
Colaboração
de texto: João Carvalho/©WSL
Colaboração
de foto: Smorigo/ ©WSL
O
bicampeão mundial Gabriel Medina usou os aéreos para vencer a primeira disputa
por vagas para as oitavas de final do Oi Hang Loose Pro Contest em Fernando de
Noronha. O potiguar Jadson André também se classificou depois, mas surfando o
melhor tubo da sexta na Cacimba do Padre. O catarinense Yago Dora também se
destacou com seus aéreos fazendo os recordes do dia. A sua bateria pela quarta
fase, valendo duas vagas para as oitavas de final, ficou para abrir o sábado,
às 7h00 em Fernando de Noronha, 6h00 no restante do Brasil.
Na
sexta, os famosos tubos vindos do Morro Dois Irmãos não apareceram e as
baterias aconteceram nas esquerdas e direitas que rolam mais no meio da praia.
Medina só competiu após a paralisação por causa da maré seca, as 12h00, com sua
bateria acontecendo quando ela começou a encher, as 15h00. As condições ainda
estavam difíceis, com poucas ondas boas e sem tubos. O bicampeão mundial já
mostrou que ia procurar as rampas pra voar em suas primeiras ondas, porém sem conseguir
completar os aéreos.
O australiano Reef Heazlewood avançou em sua última onda. |
“O
mar estava bem difícil. Difícil de achar onda boa, fechando bastante porque a
maré tá seca ainda, mas estou feliz por ter passado”, disse Gabriel Medina. “Os
outros dois caras da bateria eram muito bons, então estou feliz por ter achado
duas ondas suficientes para vencer. Hoje (sexta) eu tive que aproveitar ao
máximo os aéreos. Só tinha chance de uma ou duas manobras, então tive que
arriscar pra conseguir boas notas. Eu caí em algumas que poderiam ser as notas
mais altas da bateria, mas faz parte. Agora é ir pra próxima e corrigir”.
O norte-americano Nolan Rapoza acertou os aéreos. |
“Esse
lugar é muito especial. Aquele tubo, o famoso Coqueirinho, está sempre ali, eu
sabia que poderia rolar, mas a bateria foi bem difícil”, disse Jadson André,
que está retornando a elite do CT esse ano. “Quando eu fiz meus dois scores
(notas) e passei pra segundo, fiquei ali administrando. Quando vi que o Ian
(Gouveia) perdeu a prioridade (de escolha da próxima onda), fui pra perto dele
porque eu sabia que essa onda sempre vem. E dei sorte, porque se não tivesse
descido pra cá, essa onda seria do Ian e ele é um excelente tuberider, então
sem dúvidas iria fazer esse tubo. Graças a Deus deu tudo certo pra mim e
consegui passar em primeiro lugar”.
Jadson
confessou que buscava esse resultado para não ter que enfrentar o bicampeão
mundial nas oitavas de final. “É um rounde a menos sem cair contra o Gabriel
Medina né. O cara é incrível, um fenômeno. Não tem como comparar qualquer
competidor com o atual bicampeão do mundo. Espero avançar as oitavas, que ele
vença também sua bateria, para que a gente possa fazer as quartas de final
juntos”.
O tubo nota 8,77 de Jadson André. |
“Noronha
é um lugar incrível e estou muito feliz em estar aqui. Animal que o campeonato
voltou pra cá. Todo mundo está muito feliz de poder competir aqui nesse lugar
lindo, com altas ondas e está sendo muito especial”, disse Yago Dora. “O mar baixou
um pouco hoje (sexta), o vento está estragando um pouco as ondas, mas tá bem
manobrável. Tem umas ondas abrindo e peguei duas esquerdas que fizeram as
rampas pra mandar os aéreos. Eram duas ondas curtas, então tinha que arriscar
alguma coisa pra sair a nota e estou feliz por ter conseguido acertar as
manobras”.
A
sexta começou com a maré cheia e ondas menores do que os outros dias na Cacimba
do Padre, sem muitos tubos, mas boas para fazer manobras, incluindo as aéreas
que decidiram a maioria das baterias. Os oito confrontos que faltavam para
fechar a terceira fase, rolaram até quando a maré secante permitiu. Na última,
o potiguar Italo Ferreira, cabeça de chave número 2, teve dificuldades para se
classificar em segundo lugar na bateria vencida pelo espanhol Aritz Aranburu,
pois as ondas já eram escassas na maré seca.
O americano Nolan Rapoza em mais um aéreo. |
Depois,
deu dobradinha brasileira do catarinense Tomas Hermes e do paulista Miguel Pupo
sobre o marroquino Ramzi Boukhiam. Pupo foi o último campeão nos tubos da
Cacimba do Padre em 2012 e segue na busca pelo inédito bicampeonato em Fernando
de Noronha. E na última do dia, o americano Cam Richards e o sul-africano Adin
Masencamp barraram o havaiano Kiron Jabour. Esta foi mais uma bateria 100%
gringa na sexta-feira em Noronha.
Os
estrangeiros começaram e terminaram o dia em maior número do que o de
brasileiros. Dos 140 surfistas que iniciaram a competição na terça,
restaram agora vinte concorrentes ao título que
vale a liderança isolada no ranking do WSL Qualifying Series. E os estrangeiros
continuam em maioria com onze surfistas de oito países, contra nove
brasileiros. São três norte-americanos, dois japoneses, um australiano, um
francês, um espanhol, um inglês, um sul-africano e o peruano Miguel Tudela.
O catarinense Tomas Hermes. |
O
Oi Hang Loose Pro Contest é uma realização da World Surf League (WSL) com
patrocínio naming rights da Oi, através da Lei de Incentivo ao Esporte, do
Governo do Estado de Pernambuco e copatrocínio da 51 Ice. A etapa do QS 6000
oferece uma premiação total de 130.000 dólares, a vitória vale 20.000 dólares e
toda a competição está sendo transmitida ao vivo pelo www.worldsurfleague.com
OITAVAS
DE FINAL DO OI HANG LOOSE PRO CONTEST – baterias já formadas:
1.a:
Gabriel Medina (BRA) x Nolan Rapoza (EUA)
2.a:
Jadson André (BRA) x Reef Heazlewood (AUS)
3.a:
Tomas Hermes (BRA) x Adin Masencamp (AFR)
4.a:
Miguel Pupo (BRA) x Cam Richards (EUA)
QUARTA
FASE – 3.o=17.o lugar com 1.050 pontos e US$ 1.800 de prêmio:
1.a:
1-Gabriel Medina (BRA)=12.27, 2-Reef Heazlewood (AUS)=11.83, 3-Miguel Blanco
(PRT)=11.07
2.a:
1-Jadson André (BRA)=16.10, 2-Nolan Rapoza (EUA)=14.26, 3-Ian Gouveia
(BRA)=8.80
3.a:
1-Tomas Hermes (BRA)=13.20, 2-Miguel Pupo (BRA)=13.06, 3-Ramzi Boukhiam
(MAR)=10.37
4.a:
1-Cam Richards (EUA)=16.00, 2-Adin Masencamp (AFR)=12.50, 3-Kiron Jabour
(HAV)=10.60
-------------baterias
que ficaram para abrir o sábado:
5.a:
Yago Dora (BRA), Samuel Pupo (BRA), Reo Inaba (JPN)
6.a:
Peterson Crisanto (BRA), Krystian Kymerson (BRA), Luke Dillon (ING)
7.a:
Italo Ferreira (BRA), Miguel Tudela (PER), Hiroto Ohhara (JPN)
8.a:
Aritz Aranburu (ESP), Charles Martin (FRA), Jake Marshall (EUA)
TERCEIRA
FASE – 3.o=25.o lugar (US$ 1.300 e 700 pts) e 4.o=37.o lugar (US$ 1.200 e 650
pts):
-------------baterias
que abriram a sexta-feira:
5.a:
1-Ramzi Boukhiam (MAR), 2-Adin Masencamp (AFR), 3-Marc Lacomare (FRA), 4-Renan
Peres (BRA)
6.a:
1-Cam Richards (EUA), 2-Miguel Pupo (BRA), 3-Marcos Correa (BRA), 4-Charly
Quivront (FRA)
7.a:
1-Yago Dora (BRA), 2-Luke Dillon (ING), 3-Alejo Muniz (BRA), 4-Frederico Morais
(PRT)
8.a:
1-Samuel Pupo (BRA), 2-Krystian Kymerson (BRA), 3-Ian Gentil (HAV), 4-Alex
Ribeiro (BRA)
9.a:
1-Peterson Crisanto (BRA), 2-Reo Inaba (JPN), 3-Ian Crane (EUA), 4-Bino Lopes
(BRA)
10:
1-Hiroto Ohhara (JPN), 2-Jake Marshall (EUA), 3-Lucas Vicente (BRA), 4-Brayner
Silva (BRA)
11:
1-Miguel Tudela (PER), 2-Charles Martin (FRA), 3-Vasco Ribeiro (PRT), 4-Michael
Dunphy (EUA)
12:
1-Aritz Aranburu (ESP), 2-Italo Ferreira (BRA), 3-Thiago Camarão (BRA), 4-Evan
Geiselman (EUA)
-------------baterias
que fecharam a quinta-feira:
1.a:
1-Gabriel Medina (BRA), 2-Ian Gouveia (BRA), 3-Nat Young (EUA), 4-Mateus Herdy
(BRA)
2.a:
1-Reef Heazlewood (AUS), 2-Nolan Rapoza (EUA), 3-Pedro Neves (BRA), 4-Patrick
Tamberg (BRA)
3.a:
1-Jadson André (BRA), 2-Miguel Blanco (PRT), 3-Jessé Mendes (BRA), 4-Madson
Costa (BRA)
4.a:
1-Tomas Hermes (BRA), 2-Kiron Jabour (HAV), 3-Lucca Mesinas (PER), 4-Tomas
Tudela (PER)
Postar um comentário