O
potiguar de Baía Formosa badalou o sino do troféu da vitória sobre o ídolo Mick
Fanning na final da sua despedida do Circuito Mundial e Stephanie Gilmore foi
tetracampeã no feminino.
Colaboração
de texto: João Carvalho/©WSL
“Eu
nem consigo acreditar ainda nisso tudo. É incrível, a minha primeira vitória, o
Mick Fanning é meu ídolo, nossa, estou muito feliz”, disse Italo Ferreira. “Eu
tenho trabalhado duro nos últimos anos. Lembro da minha primeira final com o
Filipe (Toledo) em Portugal (em 2016), estava tão perto da vitória, mas agora
consegui. O ano passado foi difícil pra mim, por causa da minha lesão depois da
Gold Coast, que me deixou de fora por dois meses. Foi terrível e trabalhei
muito forte para me recuperar, então agora é o melhor sentimento, muita
felicidade pela vitória neste lugar incrível que é Bells Beach e contra um cara
iluminado na final, um herói”.
Mineirinho
foi o primeiro e até então único brasileiro a vencer o Rip Curl Pro Bells
Beach, em 2013. Ele balançou tão forte o troféu, que o sino acabou caindo de
tanto badalar. Foi também, a primeira e única vez que isso aconteceu. O
potiguar Italo Ferreira festejou bastante no pódio, tocando o sino da 37ª vitória do Brasil na história da World Surf League, a primeira do surfista de
Baía Formosa em sua quarta temporada no grupo de elite que disputa o título
mundial.
“Eu
só quero dizer obrigado Deus e dedicar essa vitória a minha família, minha
namorada e todas as pessoas que tem me apoiado ao longo desses anos”, disse
Italo Ferreira. “Eu sou uma pessoa muito feliz por ser este o meu trabalho e eu
só tentei fazer o meu melhor nas ondas que surfei em cada uma das baterias. Eu
sabia que tinha que continuar assim na final e o Mick (Fanning) é um dos meus
surfistas favoritos, o melhor concorrente e só tenho que agradecer a ele por
tudo que já fez para o nosso esporte”.
O
potiguar escolhe bem outra onda limpa com potencial e começa com duas manobras
potentes no outside para ganhar nota 7,33 e assumir a ponta. O australiano vem
na onda de trás, mas não era tão boa e só consegue 4,73. Faltando 5 minutos, o
tricampeão deixa passar uma para Italo, que destrói a onda do início até o fim,
vibrando bastante na finalização. Os juízes dão nota 8,33 e ele abre 7,57
pontos de vantagem sobre Fanning.
“Foi
um momento muito especial poder estar na final com toda essa torcida e melhores
amigos aqui, mas estou feliz em ver o quanto essa vitória significou para o
Italo (Ferreira), foi uma das melhores coisas que eu já vi em Bells”, disse
Mick Fanning, após sua sétima final com quatro vitórias no evento do seu
patrocinador. “Foi muito divertido surfar com todos que competi nesse evento, o
Seabass (Sebastian Zietz), o Paddy Gudang (Patrick Gudauskas), o Wilko (Matt
Wilkinson), o Owen (Wright). Foi realmente especial porque me sentia surfando
com um amigo e foi incrível ver e sentir todo o apoio dos fãs. Obrigado a todos
que tornaram isso tão memorável, foi uma carreira incrível e agradeço a todos”.
No
duelo luso-brasileiro da bateria seguinte, Medina só pegou sua primeira onda
quando restavam 13 minutos e escolheu bem, pois ela abriu uma parede limpa para
detonar duas manobras muito fortes de entrada e seguir atacando com batidas e
rasgadas de backside até o inside. Os juízes deram nota 8,83, mas ainda
precisava de 4,34 pontos para superar a soma das notas 7,00 e 6,17 de Frederico
Morais. E Medina consegue isso na onda seguinte, surfada cinco minutos depois,
que valeu 6,90 para derrotar o português por 15,73 a 15,00 pontos.
Italo
passa a precisar de 7,77 e pega a segunda onda boa dele, repetindo o ataque que
vinha arrancando as maiores notas do Rip Curl Pro. Era uma direita da série,
grande, e Italo arriscou tudo com seu backside vertical para aumentar de novo a
maior nota do campeonato para 9,17. Agora, era o campeão mundial que precisaria
de 7,91 para retomar o primeiro lugar. Medina já havia derrotado o potiguar
duas vezes em Bells, na primeira e na quarta fase, então a expectativa ficou
para o mar, se iria entrar mais ondas boas ou não.
Vitórias brasileiras - O potiguar conquistou
a 37ª vitória verde-amarela na história da World Surf League. Ele foi o 14º brasileiro a vencer etapas válidas pelo título mundial da temporada, desde a
criação do circuito em 1976. Gabriel Medina é quem tem mais vitórias, nove,
seguido pelo também campeão mundial Adriano de Souza com sete, Filipe Toledo
com cinco, Fabio Gouveia com quatro, os irmãos Teco e Neco Padaratz com duas
cada um e Italo Ferreira é o oitavo a entrar na lista dos brasileiros que
ganharam uma vez. Nela está outro surfista do Rio Grande do Norte, o natalense
Jadson André, além do primeiro a festejar um título, o saudoso Pepê Lopes, na
etapa do Arpoador do primeiro Circuito Mundial em 1976.
Na
disputa seguinte, a australiana teve muito trabalho para superar a adolescente
americana Caroline Marks. A surfistinha de apenas 16 anos começou bem numa onda
que valeu 8,77 e Stephanie Gilmore precisou correr atrás, só garantindo a
classificação para a sua oitava final em Bells Beach na onda que surfou nos
últimos minutos. E foi com chave de ouro, massacrando a direita com uma série
de manobras que arrancou a maior nota do evento na categoria feminina, 9,07.
Com ela, virou o placar para 17,00 a 15,44 pontos.
“Foi
diferente esse evento pra mim, porque ele foi se desenvolvendo com todo o foco
no Mick (Fanning), então isso tirou um pouco da pressão na gente”, disse
Stephanie Gilmore. “Era como se nada mais importasse no restante do evento e
acho que os momentos mais estressantes da minha bateria, foram quando o Mick
estava remando para a dele. Acho que ver o quanto ele estava calmo e relaxado,
aliviou a pressão em mim, pois ela estava toda sobre ele. Estou feliz que, no
meio de todas essas emoções, eu consegui me concentrar em pegar boas ondas para
vencer mais uma vez aqui em Bells Beach”.
O potiguar de Baía Formosa badalou o sino do troféu da vitória. |
Colaboração
de foto: Sloane/Cestari/ ©WSL
Surfando
com muito foco e vontade de vencer, potiguar Italo Ferreira venceu a etapa mais
tradicional do Circuito da WSL e cravou o seu nome entre os que vão disputar o
títuo mundial nesta temporada. Até o final do ano, quem quiser o título, vai
ter que surfar melhor do que o jovem talento de Baía Formosa que mostrou ser o
que vai com mais apetite para as ondas entre os que tem talento suficiente para
vencer o Tour Mundial.
Avitória
em Bells já foi histórica para o esporte, pela despedida do tricampeão mundial
Mick Fanning do World Surf League Championship Tour, um dos maiores ídolos do
surf mundial em todos os tempos. A praia estava lotada na quinta, com toda a
torcida e seus amigos esperando que ele encerrasse a carreira com um recorde de
cinco títulos em casa. Mas, Italo vinha sendo o melhor surfista nas ondas de
Bells Beach e na final comprovou isso. Apesar de faer a sua pior apresentação
na final, foi o suficiente para ganhar sua primeira etapa e liderar a corrida
pelo título mundial de 2018, junto com o australiano Julian Wilson.
Italo Ferreira festejou bastante a vitória em Bells. |
Italo
agora vai competir com a lycra amarela do Jeep Leaderboard pela primeira vez na
próxima etapa, o Drug Aware Margaret River Pro, que começa na quarta-feira
(11), com prazo para fechar a “perna australiana” até o dia 22 de abril.
Depois, os melhores surfistas do mundo vêm para o Brasil, para a segunda edição
do Oi Rio Pro em Saquarema, de 11 a 22 de maio na “Cidade do Surf” da Região
dos Lagos do Rio de Janeiro, que no ano passado terminou também com vitória
brasileira de Adriano de Souza na Praia de Itaúna.
O potiguar Italo Ferreira festejou bastante no pódio. |
Italo
foi criado em ondas para a direita como as de Bells Beach e vinha batendo seus
próprios recordes a cada bateria, com o seu backside agressivo e vertical
liquidando todos os adversários que enfrentou no último dia. Ele já tinha
registrado as maiores marcas do Rip Curl Pro no duelo brasileiro com Filipe
Toledo na terceira fase, 16,60 pontos com notas 8,50 e 8,10. Nas quartas de
final que abriram a quinta-feira, atingiu 17,86 com 8,83 e 9,03 contra o
havaiano Ezekiel Lau. E na semifinal com Gabriel Medina, ganhou 9,17 na melhor
onda do evento na análise dos juízes, para derrotar o campeão mundial por 16,00
a 14,10 pontos.
Italo Ferreira e Mick Fanning em um dia de troca de guarda histórico. |
Decisão do título – Na grande final, a
bateria começou lenta e a primeira série de ondas boas só entrou quando restavam
15 minutos para o término. Italo pega a da frente e manda uma batida muito
forte que chega a se desequilibrar, mas continua em pé na prancha para uma
sequência de mais duas manobras e outra explosiva na junção. Mick Fanning vem
na de trás fazendo o seu surfe de borda com grandes manobras e a nota do
australiano sai 8,10, contra 6,33 do brasileiro.
O potiguar foi o melhor durante todo o campeonato. |
Depois,
não entra mais nada de onda e Italo Ferreira festeja sua primeira vitória no
CT, recebendo um grande e longo abraço de Mick Fanning dentro d´agua, com o
australiano aplaudindo o brasileiro numa cena emocionante, digna de um cavalheiro
como sempre foi um dos maiores mitos do esporte. Depois de tudo que passou
naquele incidente do tubarão em Jeffreys Bay, seguiu competindo até anunciar
sua aposentadoria definitiva do Circuito Mundial com um honroso terceiro lugar
no ranking e poderia ser na liderança se vencesse.
Italo Ferreira viveu um momento especial em Bells. |
Os passos da vitória – Enquanto Mick Fanning
se despede de quase 20 anos de carreira, com 22 etapas vencidas e três títulos
mundiais conquistados, Italo Ferreira está iniciando sua trajetória. Para
conquistar a primeira vitória, o potiguar teve que passar por dois desafios com
surfistas que vinham se destacando no evento. O primeiro dos três passos do
título na quinta foi contra o havaiano Ezekiel Lau, que tinha barrado o
bicampeão mundial John John Florence.
Foi
neste duelo que Italo aumentou seus recordes em duas ondas seguidas. Na
primeira, já mostrou seu backside vertical e agressivo nas direitas de Bells
para aumentar a maior nota de 8,50 para 8,83. A seguinte foi melhor ainda e ele
começa com uma pancada invertendo a direção do bico da prancha, arma uma
segunda muito forte e completa um ataque explosivo numa junção cavernosa,
ganhando nota 9,03 para atingir 17,86 pontos.
As finalizações com pancadas de beck side marcaram a trajetória de Ferreira. |
Semifinal brasileira – Na semifinal
brasileira, Italo pegou a primeira onda e abriu com uma batida forte embaixo do
lip, seguiu manobrando até a finalização na junção e começou com 6,33. Medina
também inicia sua onda com duas manobras fortes no outside e termina com uma
mais explosiva na junção para largar na frente com 6,50. Com a prioridade de escolha da próxima onda,
Italo deixa passar uma que abre uma parede em pé para Medina mandar uma série
de seis manobras potentes de backside, lincadas com velocidade para receber
nota 7,60.
Italo arriscou tudo com seu backside vertical . |
O
potiguar entrou numa que o Gabriel deixou e aproveitou para trocar a nota 6,33
da sua primeira onda por 6,83, aumentando a vantagem para 8,41. Medina
continuava aguardando no outside quando soou o sinal dos cinco minutos finais.
Tudo indicava que teria mais uma chance apenas e ele pegou uma onda há 3 minutos
do fim, com Italo vindo na de trás. Medina arrisca o aéreo na finalização que
poderia dar a vitória, mas não completou e, por 16,00 a 14,10 pontos, Italo
passou para sua segunda decisão de título em etapas do CT.
Stephanie Gilmore e Italo Ferreira no pódio. |
Tetracampeã – No Rip Curl Women´s
Pro, a hexacampeã mundial Stephanie Gilmore igualou a marca de quatro vitórias
de Mick Fanning em sua oitava final em Bells Beach. Uma das decisões, a
australiana perdeu para Silvana Lima, que em 2009 tocou o sino do troféu de
campeã. Essa final poderia até ser reeditada esse ano, mas a jovem havaiana
Tatiana Weston-Webb pegou a melhor da bateria fraca de ondas e a cearense não
conseguiu reeditar as boas atuações que a levaram até as semifinais. Com o
terceiro lugar, Silvana subiu de nono para sétimo no Jeep Leaderboard da World
Surf League.
A hexacampeã mundial Stephanie Gilmore. |
Na
grande final, Stephanie seguiu fazendo uma boa escolha de ondas e usando o seu
surfe polido, alongando as manobras de borda em grandes arcos para tirar duas
notas na casa dos 7 pontos. A havaiana Tatiana Weston-Webb mostrou um backside
mais agressivo e chegou muito perto da vitória duas vezes. Quando precisava de
7,77 pontos para vencer, recebeu 7,37 na melhor onda da bateria. Com ela,
diminuiu a diferença para 6,80 e Gilmore deixou passar uma onda no último
minuto para Tatiana arriscar tudo, porém a nota saiu 6,57 e o placar do
tetracampeonato da australiana ficou em 14,17 a 13,94 pontos.
A havaiana Tatiana Weston-Webb mostrou um backside agressivo. |
Com
a vitória, Stephanie Gilmore tirou a lycra amarela do Jeep Leaderboard da
norte-americana Lakey Peterson, para usa-la na próxima etapa, em Margaret
River. Com os 7.800 pontos do vice-campeonato, Tatiana Weston-Webb subiu da
13.a para a quinta colocação. Empatadas em terceiro lugar no Rip Curl Pro Bells
Beach, Caroline Marks foi da quinta para a terceira posição no ranking e
Silvana Lima saiu do nono para o sétimo lugar.
Mais
informações, notícias, fotos, vídeos e todos os resultados do Rip Curl Pro
Bells Beach estão na página do evento no www.worldsurfleague.com que transmitiu
a segunda etapa do World Surf League Championship Tour 2018 ao vivo da
Austrália pelo Facebook Live e pelo aplicativo da World Surf League.
RESULTADOS
DO ÚLTIMO DIA DO RIP CURL PRO BELLS BEACH:
Campeão:
Italo Ferreira (BRA) por 15,66 pontos (8,33+7,33) – US$ 100.000 e 10.000 pontos
Vice-campeão:
Mick Fanning (AUS) com 12,83 pontos (8,10+4,73) – US$ 55.000 e 7.800 pontos
SEMIFINAIS
– 3º lugar com 6.085 pontos e US$ 30.000 de prêmio:
1ª)
Mick Fanning (AUS) 16.50 x 9.67 Patrick Gudauskas (EUA)
2ª)
Italo Ferreira (BRA) 16.00 x 14.10 Gabriel Medina (BRA)
QUARTAS
DE FINAL – 5º lugar com 4.745 pontos e US$ 19.000 de prêmio:
1ª)
Patrick Gudauskas (EUA) 11.67 x 11.44 Michel Bourez (TAH)
2ª)
Mick Fanning (AUS) 13.77 x 9.33 Owen Wright (AUS)
3ª)
Italo Ferreira (BRA) 17.86 x 11.50 Ezekiel Lau (HAV)
4ª)
Gabriel Medina (BRA) 15.73 x 15.00 Frederico Morais (PRT)
DECISÃO
DO TÍTULO DO RIP CURL WOMEN´S PRO BELLS BEACH:
Campeã:
Stephanie Gilmore (AUS) por 14,17 pontos (7,17+7,00) – US$ 60.000 e 10.000
pontos
Vice-campeã:
Tatiana Weston-Webb (HAV) com 13,94 (7,37+6,57) – US$ 33.000 e 7.800 pontos
SEMIFINAIS
– 3º lugar com 6.085 pontos e US$ 21.000 de prêmio:
1ª)
Tatiana Weston-Webb (HAV) 13.00 x 5.10 Silvana Lima (BRA)
2ª)
Stephanie Gilmore (AUS) 17.00 x 15.44 Caroline Marks (EUA)
TOP-22
DO JEEP LEADERBOARD – RANKING WSL 2018 – após a 2ª etapa:
01)
Julian Wilson (AUS) – 11.665 pontos
01)
Italo Ferreira (BRA) – 11.665 pontos
03)
Mick Fanning (AUS) – 11.500
04)
Owen Wright (AUS) – 9.490
04)
Michel Bourez (TAH) – 9.490
06)
Adrian Buchan (AUS) – 9.465
07)
Gabriel Medina (BRA) – 7.750
07)
Griffin Colapinto (EUA) – 7.750
09)
Tomas Hermes (BRA) – 6.505
09)
Patrick Gudauskas (EUA) – 6.505
11)
Filipe Toledo (BRA) – 6.410
11)
Frederico Morais (PRT) – 6.410
13)
Adriano de Souza (BRA) – 5.365
13)
Jeremy Flores (FRA) – 5.365
13)
Conner Coffin (EUA) – 5.365
13)
Wade Carmichael (AUS) – 5.365
17)
Ezekiel Lau (HAV) – 5.165
17)
Michael Rodrigues (BRA) – 5.165
19)
Matt Wilkinson (AUS) – 4.120
19)
Kanoa Igarashi (EUA) – 4.120
21)
Mikey Wright (AUS) – 3.700
22)
Jordy Smith (AFR) – 3.330
22)
Kolohe Andino (EUA) – 3.330
22)
Joel Parkinson (AUS) – 3.330
22)
Willian Cardoso (BRA) – 3.330
--------outros
brasileiros:
26)
Jessé Mendes (BRA) – 2.085 pontos
31)
Caio Ibelli (BRA) – 840
31)
Ian Gouveia (BRA) – 840
31)
Yago Dora (BRA) – 840
TOP-10
DO JEEP LEADERBOARD – RANKING WSL 2018 – 2 etapas:
01)
Stephanie Gilmore (AUS) – 14.745 pontos
02)
Lakey Peterson (EUA) – 13.085
03)
Caroline Marks (EUA) – 10.830
04)
Carissa Moore (HAV) – 9.490
05)
Tatiana Weston-Webb (HAV) – 9.190
05)
Keely Andrew (AUS) – 9.190
07)
Silvana Lima (BRA) – 9.170
08)
Tyler Wright (AUS) – 7.830
08)
Johanne Defay (FRA) – 7.830
10)
Sally Fitzgibbons (AUS) – 7.475
10)
Malia Manuel (HAV) – 7.475
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