Gabriel
Medina vingou a derrota sofrida para Julian Wilson no Taiti e festejou sua
segunda vitória consecutiva na "perna europeia" com o título no MEO
Rip Curl Pro Portugal em Peniche.
Colaboração
de texto: João Carvalho/©WSL
Colaboração
de foto: Poullenot/ ©WSL
Com
uma performance inédita em ganhar as duas etapas da “perna europeia” do World
Surf League Championship Tour, Gabriel Medina entra de vez na briga pelo
bicampeonato mundial. Dessa vez, vingou a derrota sofrida para o australiano
Julian Wilson nos tubos de Teahupoo, Taiti, conquistando o título do MEO Rip
Curl Pro Portugal com uma virada nos últimos minutos da bateria que fechou a
décima etapa da temporada na quarta-feira em Supertubos. Com a vitória, Medina
assumiu a vice-liderança no ranking e passou a ser o principal concorrente do
havaiano John John Florence, que também tenta o segundo título mundial e ambos
já tiveram grandes resultados nos tubos de Banzai Pipeline, palco da etapa
final no Havaí.
Gabriel Medina carregado pela torcida brasileira.. |
Medina
chegou na Europa em oitavo lugar no Jeep Leaderboard e tirou a vice-liderança
do sul-africano Jordy Smith com as duas vitórias consecutivas em Hossegor, na
França, e em Peniche, Portugal. Agora, o primeiro campeão mundial do Brasil em
2014, entrou na disputa direta pelo bicampeonato no Billabong Pipe Masters, de
8 a 20 de dezembro no templo sagrado do esporte na ilha de Oahu, Havaí.
O
retrospecto dos dois nesse evento é favorável ao brasileiro. O havaiano só fez
uma final em Banzai Pipeline em 2013, quando perdeu para Kelly Slater, apesar
de ter outras vitórias no mesmo lugar na etapa do QS que acontece em fevereiro.
Já Medina disputou duas finais seguidas no Pipe Masters, em 2014 batendo o
próprio Julian Wilson e em 2015 na inédita final verde-amarela com Adriano de
Souza, coroando o segundo título mundial brasileiro.
Gabriel Medina tá na cola de JJ. |
Campeões Mundiais em
Maresias –
Antes do Havaí, Gabriel Medina vai passar em casa e será mais uma grande
atração do Hang Loose São Sebastião Pro, etapa do QS 3000 nos dias 2 e 5 de
novembro na Praia de Maresias, onde ele mora em São Sebastião, litoral norte de
São Paulo. Com exceção de Filipe Toledo, que mora na Califórnia, toda a
“seleção brasileira” do CT vai prestigiar o último evento da WSL South America,
o também campeão mundial Adriano de Souza, Caio Ibelli, Miguel Pupo, Wiggolly
Dantas, Italo Ferreira, Ian Gouveia e Jadson André.
Na
quarta-feira decisiva em Portugal, as condições estavam difíceis para competir,
com poucas ondas entrando nas baterias, mas Supertubos seguiu apresentando belos
tubos nas séries de 3-4 pés e boas rampas para as manobras aéreas no último
dia. Na bateria final, Medina começou na frente botando pressão no australiano
com uma tática e surfar várias ondas, quatorze no total, enquanto Julian
preferiu ser mais paciente na escolha.
Decisão em Portugal – Foi assim que ele
conseguiu assumir a ponta numa esquerda que pegou há cinco minutos do fim da
bateria e rodou um belo tubo que valeu 6,27. Mas, Medina permaneceu ativo e
ainda aumentou as duas notas que estava computando nos minutos finais. Usou os
aéreos também nas esquerdas de Supertubos para arrancar notas 6,93 e 6,33 e
virar o placar para 13,26 a 10,94 pontos. Depois, foi carregado pelo pai e pela
torcida da areia até o pódio do MEO Rip Curl Pro Portugal.
Gabriel Medina e Julian Wilson. |
Disputa do título
mundial – Julian
Wilson é o quarto colocado no ranking e sua chance de título mundial é bastante
remota. Ele já entra no Billabong Pipe Masters necessitando unicamente da
vitória. Além disso, John John Florence não poderá vencer nenhuma bateria em
Pipeline, Medina não passar da terceira fase e Jordy Smith não ser o outro
finalista da bateria. Para o
sul-africano, a condição mínima é chegar na final, mas John John tira ele da
briga se chegar nas quartas de final e Medina também se estiver na final.
Julian Wilson é o quarto colocado no ranking. |
JJ botou pra dentro na fechadeira. |
“Foi
realmente difícil encontrar ondas e ele (Kolohe Andino) achou duas melhores
para vencer”, lamentou John John Florence. “Infelizmente, as ondas não estavam
como pela manhã. Eu estava ansioso para pegar uns tubos, mas não consegui achar
nenhum na bateria. Vou voltar pra casa agora e estou muito motivado para surfar
em Pipeline. Espero que tenhamos boas ondas lá e se eu ganhar o título mundial
em casa, será ainda mais emocionante”.
Kolohe Andino foi o algo de JJ. |
Miguel Pupo fez uma boa campanha. |
No
WSL Qualifying Series, os brasileiros ocupam metade das vagas no G-10. No
momento, os cinco estariam substituindo os cinco que estão perdendo seus
lugares na elite dos top-34. O paulista Jessé Mendes (1º no ranking) e o
catarinense Yago Dora (3º) já são dois reforços confirmados na “seleção
brasileira” do CT no ano que vem. Mais dois catarinenses estão bem próximos
disso, Willian Cardoso em quarto lugar e Tomas Hermes em quinto. O cearense
Michael Rodrigues fecha a lista de novidades em oitavo lugar, porém terá mais trabalho
para garantir vaga no G-10 na Triplice Coroa Havaiana, que fecha a temporada.
O
MEO Rip Curl Pro Portugal foi transmitido pelo www.worldsurfleague.com e pelo
aplicativo da WSL e no Facebook Live através da página da World Surf Lefague no
Facebook, passando ao vivo também pela ESPN+ e Globoesporte.com no Brasil, CBS
Sports Network nos Estados Unidos, Fox Sports na Austrália, SKY NZ na Nova
Zelândia, SFR Sports na França e em Portugal e EDGE Sports Network na China,
Japão, Malásia e outros territórios asiáticos.
Campeão:
Gabriel Medina (BRA) por 13,26 pontos (6,93+6,33) – US$ 100.000 e 10.000 pontos
Vice-campeão:
Julian Wilson (AUS) com 10,94 pontos (6,27+4,67) – US$ 50.000 e 8.000 pontos
SEMIFINAIS
– 3º lugar com 6.500 pontos e US$ 25.000 de prêmio:
1ª)
Julian Wilson (AUS) 16.83 x 14.56 Kolohe Andino (EUA)
2ª)
Gabriel Medina (BRA) 11.10 x 6.24 Kanoa Igarashi (EUA)
QUARTAS
DE FINAL – 5º lugar com 5.200 pontos e US$ 16.500 de prêmio:
1ª)
Julian Wilson (AUS) 7.50 x 7.40 Sebastian Zietz (HAV)
2ª)
Kolohe Andino (EUA) 14.00 x 3.80 John John Florence (HAV)
3ª)
Kanoa Igarashi (EUA) 12.50 x 8.44 Miguel Pupo (HAV)
4ª)
Gabriel Medina (BRA) 11.33 x 3.17 Mick Fanning (AUS)
QUINTA
FASE – Vitória=Quartas de Final e Derrota=9º lugar com 4.000 pontos e US$
13.750:
1ª)
Sebastian Zietz (HAV) 12.10 x 12.07 Connor O´Leary (AUS)
2ª)
Kolohe Andino (EUA) 16.53 x 10.83 Leonardo Fioravanti (ITA)
3ª)
Miguel Pupo (BRA) 15.50 x 10.67 Josh Kerr (AUS)
4ª)
Mick Fanning (AUS) 11.87 x 10.00 Frederico Morais (PRT)
QUARTA
FASE CLASSIFICATÓRIA – Vitória=Quartas de Final / 2º e 3º=Quinta Fase:
1ª)
1-Julian Wilson (AUS)=11.67, 2-Sebastian Zietz (HAV)=8.10, 3-Leonardo
Fioravanti (ITA)=7.77
2ª)
1-John John Florence (HAV)=17.00, 2-Kolohe Andino (EUA)=15.57, 3-Connor O´Leary
(AUS)=13.50
3ª)
1-Kanoa Igarashi (EUA)=16.83, 2-Josh Kerr (AUS)=15.44, 3-Frederico Morais
(PRT)=13.60
4ª)
1-Gabriel Medina (BRA)=14.47, 2-Mick Fanning (AUS)=12.47, 3-Miguel Pupo
(BRA)=5.27
TOP-22
DO JEEP WSL LEADERBOARD – 10 etapas:
1º)
John John Florence (HAV) – 53.350 pontos
2º)
Gabriel Medina (BRA) – 50.250
3º)
Jordy Smith (AFR) – 47.600
4º)
Julian Wilson (AUS) – 45.200
5º)
Owen Wright (AUS) – 39.850
6º)
Matt Wilkinson (AUS) – 39.450
7º)
Adriano de Souza (BRA) – 36.600
8º)
Kolohe Andino (EUA) – 36.000
9º)
Filipe Toledo (BRA) – 35.450
10)
Sebastian Zietz (HAV) – 34.450
11)
Joel Parkinson (AUS) – 33.100
12)
Mick Fanning (AUS) – 33.000
13)
Frederico Morais (PRT) – 29.900
14)
Connor O´Leary (AUS) – 28.700
15)
Adrian Buchan (AUS) – 26.500
16)
Michel Bourez (TAH) – 23.700
17)
Joan Duru (FRA) – 23.400
18)
Caio Ibelli (BRA) – 21.750
19)
Jeremy Flores (FRA) – 21.450
20)
Kanoa Igarashi (EUA) – 21.200
21)
Conner Coffin (EUA) – 21.000
22)
Bede Durbidge (AUS) – 20.200
-----------outros
brasileiros:
23)
Miguel Pupo (SP) – 18.900 pontos
24)
Wiggolly Dantas (SP) – 18.700
25)
Italo Ferreira (RN) – 17.700
27)
Ian Gouveia (PE) – 14.250
32)
Jadson André (RN) – 11.750
36)
Yago Dora (SC) – 7.000
38)
Jessé Mendes (SP) – 2.250
44)
Bino Lopes (BA) – 1.000
45)
Samuel Pupo (SP) – 500
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