A
brasileira chegou mais perto de conquistar um título inédito para o Brasil na
bateria final do Jeep World Longboard Championship 2016 contra a
norte-americana Tory Gilkerson na Ilha Hainan.
Chloé Calmon é vice mundial de Long. |
Colaboração
de foto: Hain/Bennett/ ©WSL
A
carioca Chloé Calmon subiu mais um degrau no pódio, mas o sonho do título mundial
de Longboard da World Surf League foi outra vez adiado na China. No ano
passado, a brasileira ficou em terceiro lugar nas semifinais e agora conseguiu
o vice-campeonato na decisão do Jeep World Longboard Championship 2016 contra o
norte-americana Tory Gilkerson. Só as meninas competiram no sábado e a quarta
fase masculina, com o peruano Piccolo Clemente buscando o tricampeonato mundial
e os brasileiros Phil Rajzman e Rodrigo Sphaier também lutando por vagas nas
quartas de final, ficou para o domingo. A primeira chamada do dia será as 7h30
em Riyue Bay, na Ilha Hainan, 21h30 do sábado no fuso horário de Brasília.
Chloé Calmon. |
"Este
não era o resultado que eu queria", lamentou Chloé Calmon. "Eu fiquei
muito nervosa nessa bateria, porque eu sabia que a Tory (Gilkerson) vinha
surfando muito bem durante todo o evento. Acho que o nervosismo tomou conta de
mim e eu não consegui me acalmar em nenhum momento. Estou chateada, mas acho
que me deu mais vontade ainda de voltar no próximo ano para tentar o título de
novo. Tenho que aprender com meus erros e acredito que tudo acontece por uma
razão, então hoje (sábado), obviamente, não era o meu dia".
A
brasileira era apontada como favorita ao título, pelas grandes apresentações
nas ondas de Riyue Bay durante todo o campeonato na China. Na sexta-feira,
Chloé Calmon fez os recordes do Jeep World Longboard Championship 2016, quando
recebeu uma nota 9,33 e totalizou 17,66 pontos na vitória sobre a havaiana
Honolua Blomfield na disputa pela primeira vaga nas semifinais. Mas, no sábado
encontrou mais dificuldades e ganhou por pouco da francesa da Ilha Reunião,
Justine Mauvin, no placar encerrado em 14,34 a 14,10 pontos.
A norte-americana Tory Gilkerson. |
Já
a norte-americana Tory Gilkerson estava inspirada no último dia. Ela abriu o
domingo chegando perto dos recordes de Chloé Calmon na bateria que restava para
fechar as quartas de final iniciadas no sábado. Sua melhor onda valeu 9,27, que
somou com 8,33 para atingir 17,60 pontos contra a australiana Nava Young. E nas
semifinais, foi precisa na escolha das melhores ondas que entraram no duelo com
Alice Lemoigne, da Ilha Reunião. A californiana começou com nota 8,5, ganhou
6,6 na segunda e 7,07 na terceira e última que surfou na bateria vencida por
15,57 a 12,07 pontos.
Tory Gilkerson. |
Na
decisão do título, a californiana também largou na frente com 7,80, contra 4,33
da brasileira. Mas, logo Chloé Calmon deu o troco com uma onda melhor que valeu
7,33, só que Tory Gilkerson responde com 6,70 para se manter na frente. E foi
assim até o final. A americana sempre conseguia uma nota maior a cada ataque da
brasileira. A carioca ganhou 6,83 e a californiana tirou 7,73. E quando Chloé
recebeu sua maior nota, 7,50, Gilkerson fez o mesmo e sacramentou a vitória com
o 8,13 que os juízes deram para a sua combinação das manobras tradicionais do longboard
no bico do pranchão, com as batidas e rasgadas nas ondas de Riyue Bay.
Tory Gilkerson. |
"Esse
título significa muito para mim", vibrou Tory Gilkerson. "Foi uma
bateria muito estressante e eu estava realmente empolgada para conseguir uma
nota boa naquela onda no final (8,13), ficando um pouco mais difícil para a
Chloé (Calmon). Eu tenho trabalhado bastante para manter a calma nas baterias e
acho que isso realmente me ajudou esse ano. Surfar contra as melhores
longboarders do mundo é uma honra e eu coloquei muita pressão sobre mim mesma
para chegar a este nível, então ganhar o título mundial é uma coisa
incrível".
É
o segundo ano consecutivo, que o título mundial é conquistado por uma
californiana de San Clemente, onde também mora o brasileiro Filipe Toledo, da
elite do CT, com sua família. Em 2015, com apenas 18 anos de idade, Rachael
Tilly foi a campeã, agora é Tory Gilkerson que leva o troféu da World Surf
League de melhor longboarder do mundo para a mesma cidade.
Alice Leimogne. |
"Eu
estava aqui no ano passado, quando a Rachael (Tilly) venceu e, como americana,
foi um momento de muito orgulho para todas nós", disse Tory Gilkerson.
"E eu estou muito contente por poder manter o título na Califórnia por
mais um ano. Isso significa muito para mim também e certamente voltaremos no
próximo ano para tentar mais um".
O
título mundial valeu um prêmio de 8.000 dólares para Tory Gilkerson, enquanto
Chloé Calmon ganhou 4.000 dólares pelo vice-campeonato. As semifinalistas
Justine Mauvin e Alice Leimogne, ambas da Ilha Reunião, receberam 2.100 dólares
pelo terceiro lugar. Outras duas surfistas da América do Sul participaram do
Jeep World Longboard Championship na China, mas a brasileira Atalanta Batista e
a peruana Maria Fernanda Reyes não conseguiram vencer nenhuma bateria e ficaram
em 13º lugar, com 1.000 dólares pelas participações no evento.
FINAL
FEMININA DO JEEP WORLD LONGBOARD CHAMPIONSHIP 2016:
Campeã:
Tory Gilkerson (EUA) por 15,93 pontos (notas 8.13+7.80) - US$ 8.000 de prêmio
Vice-campeã:
Chloé Calmon (BRA) com 14,83 pontos (notas 7.50+7.33) - US$ 4.000
SEMIFINAIS
- 3º lugar com prêmio de US$ 2.100:
1ª)
Chloé Calmon (BRA) 14.34 x 14.10 Justine Mauvin (REU)
2ª)
Tory Gilkerson (EUA) 15.57 x 12.07 Alice Lemoigne (REU)
QUARTAS
DE FINAL - 5º lugar com prêmio de US$ 1.500:
----------resultados
da sexta-feira:
1ª)
Chloé Calmon (BRA) 17.66 x 14.67 Honolua Blomfield (HAV)
2ª)
Justine Mauvin (REU) 13.56 x 12.56 Rachael Tilly (EUA)
3ª)
Alice Lemoigne (REU) 15.67 x 12.83 Kelia Moniz (HAV)
----------bateria
que abriu o sábado:
4ª)
Tory Gilkerson (EUA) 17.60 x 11.50 Nava Young (AUS)
QUARTA
FASE MASCULINA DO JEEP WORLD LONGBOARD CHAMPIONSHIP 2016:
----------1º
e 2º=Quartas de Final e 3º=9º lugar com prêmio de US$ 1.500:
1ª)
Rodrigo Sphaier (BRA), Cole Robbins (EUA), Steven Sawyer (AFR)
2ª)
Piccolo Clemente (PER), Harley Ingleby (AUS), Matthew Moir (AFR)
3ª)
Taylor Jensen (EUA), Phil Rajzman (BRA), Kai Sallas (HAV)
4ª)
Ben Skinner (ING), Edouard Delpero (FRA), Nelson III Ahina (HAV)
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